Descrição para cegos: foto mostra duas imagens desfocadas de dois carros portando adesivos impróprios de uma montagem da imagem da Presidenta Dilma Rousseff. |
Por Tereza Figueiredo
Que
a presidenta Dilma não está agradando, não é nenhuma novidade.
Desde o início de seu segundo mandato houve aumento nas contas de
energia, de água, escândalo na Petrobrás e consequente aumento de
combustível, redução significativa no número de estudantes
beneficiados pelo Fies, dentre outros eventos que pesaram no bolso da
população brasileira. Como resposta, ocorreram os mais diversos
tipos de manifestação – houve quem clamasse por novas eleições,
impeachment, intervenção militar...-, mas é através das redes
sociais que o descontentamento tem preponderado.
Entretanto,
no início deste mês as críticas ao governo Dilma atingiram um nível
no mínimo absurdo: foram divulgadas fotos de adesivos de carro onde
se vê a imagem da presidenta no local do tanque de combustível, com
as pernas abertas, de modo que, durante o abastecimento do veículo a
bomba a "penetre".
Esta
tentativa de manifestação humorística para protestar contra o
aumento do combustível é preocupante, pois reflete uma sociedade
que ainda enxerga na mulher um indivíduo que, quando assume
comportamento inadequado, deve ser punido sexualmente.
Liberdade
de expressão e democracia permitem sim a difusão de opiniões
diversas, inclusive contrárias ao governo, mas jamais deveriam
permitir uma agressão sexual coletiva como forma de crítica. Este
ato não é reprovável porque Dilma é mulher, mas porque ela é um
ser humano que deve ser criticado – utilizando-se os meios
adequados para isto – por seus atos, não pelo seu gênero.
Créditos
da foto: link da reportagem
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