Descrição para cegos: ilustração de Frida Kahlo. |
Frida Kahlo (1907-1954) – pintora
mexicana, ícone do feminismo e comunista. Uma mulher moderna, assumidamente
bissexual, com mentalidade à frente de seu tempo que rompeu com os padrões
estéticos da época. André Breton – poeta francês – a intitulava como
“surrealista autocriada”. Entretanto, Frida não se permitia encaixar em
qualquer conceito além da realidade que viveu, e dizia: “Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos,
só pintei minha própria realidade”.
Um grave
acidente de ônibus – aos 18 anos - foi divisor de águas na vida de Frida, provocou uma tripla fratura em sua coluna vertebral. Essa fatalidade despertou seu
lado artístico, que utilizou da pintura para vencer a ociosidade de sua lenta
recuperação.
É impossível separar as obras
dos sofrimentos e angústias que marcaram sua vida, pois a pintora representava
nelas a relação conturbada com Diego Rivera, seu marido, assim como a dor dos
três abortos espontâneos. Frida, também evidencia nas obras a forte identidade
nacional e a admiração pela Revolução Mexicana—da qual se considerava filha,
apesar de ter nascido três anos antes —enaltecendo também temas do folclore e
da arte popular, bem como a originalidade dos seus auto-retratos na personificação
masculina, como forma de quebrar paradigmas.
A
notoriedade de Frida Kahlo extravasou o campo das artes. A multifacetada artista pode não ser a precursora do Feminismo, mas, sem
dúvida, seus ideais libertários são um legado para a humanidade. A história
dessa grande mulher inspirou diversos conteúdos culturais, entre eles obras
literárias, biografias e o filme “Frida” (2002). Sua presença pode ser também
detectada na música brasileira, a exemplo da citação “cores de Frida Kahlo”, na
música “Esquadros”, de Adriana Calcanhoto, produzida em 1992. (Sara Gomes)
Para
mais informações, visite o site oficial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por participar. Seu comentário logo será publicado.