Descrição para cegos: selfie no espelho de Celso Santebañes segurando um boneco Ken e olhando para si mesmo. |
Por Tereza Figueiredo
Embora muitos acreditem
que a ditadura da beleza é assunto ultrapassado, restrito apenas ao
universo feminino, e que há uma maior tolerância para os mais
diferentes biotipos na atualidade, episódios como o falecimento de
Celso Santebañes na semana passada, o Ken humano brasileiro, mostram
que essa discussão é mais do que atual.
Celso Santebañes morreu aos 20 anos, em decorrência de leucemia, doença que descobrira recentemente ao realizar exames para investigar reações a aplicações de hidrogel em seus músculos. Entretanto, o mais triste é saber que o jovem, que se submeteu a diversas intervenções cirúrgicas ao longo da curta vida para se parecer com o boneco Ken, estava tão preocupado em atingir um padrão surreal de beleza que esqueceu, e muitas vezes colocou em risco, a própria saúde.
Celso Santebañes morreu aos 20 anos, em decorrência de leucemia, doença que descobrira recentemente ao realizar exames para investigar reações a aplicações de hidrogel em seus músculos. Entretanto, o mais triste é saber que o jovem, que se submeteu a diversas intervenções cirúrgicas ao longo da curta vida para se parecer com o boneco Ken, estava tão preocupado em atingir um padrão surreal de beleza que esqueceu, e muitas vezes colocou em risco, a própria saúde.
Infelizmente casos como
o de Celso Santebañes não são exceção, mas se tornam cada vez
mais frequentes, e nos alertam de que não apenas a mulher sofre a
pressão da mídia para ser perfeita em padrões surreais, mas também
o gênero masculino, colocado muitas vezes como opressor, é vítima
da ditadura da beleza, cada vez mais bizarra e inatingível, além de
perigosa ao bem-estar físico e psicológico e desafiadora da própria
natureza humana.