Descrição
para cegos: quatro integrantes do seminário sentadas à mesa do evento. Da
esquerda para a direita: Priscila Estevão, Durvalina Rodrigues, Terlucia Silva
e Roberta ischultis.
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Por Vandicleydson Araújo
O seminário
10 anos da Lei Maria da Penha:
interfaces entre o racismo e a violência doméstica foi realizado no
Auditório do Centro de Ciências Jurídicas na Universidade Federal da Paraíba, em
João Pessoa, na tarde da última sexta-feira. O evento foi promovido por uma
série de entidades ligadas à luta das mulheres negras como a Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras
e a Bamidelê - Organização de Mulheres Negras, coordenado por Tatyane
Guimarães (Rede de Mulheres em Articulação na Paraíba) e Anadilza Maria Paiva
(Cunhã – Coletivo Feminista). Em entrevista, Tatyane falou sobre os principais pontos do seminário:
O seminário foi aberto com a performance Desenrolar, de Fernanda Ferreira, com direção de Bertrand Araújo. Abaixo um trecho da performance:
Em seguida, a médica Jurema Werneck,
Coordenadora da Organização Criola, do Rio de Janeiro, proferiu palestra na
qual questionou o fato de no Brasil o enfrentamento
ao racismo e à violência contra as mulheres negras não ter sido tratado com
centralidade pelas políticas públicas e a própria Lei.
De acordo com ela, a
violência contra a população negra e as mulheres negras “precisa ser enfrentada
do ponto de vista estrutural, do contrário, as mulheres negras continuarão
sendo mortas e violentadas todos os dias”.
Jurema Werneck apresentou dados do Mapa da Violência os quais demonstram
que os homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em dez anos no Brasil,
passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Enquanto, no mesmo período, o
número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, saindo de 1.747 em 2003
para 1.576 em 2013. Em 2013, 13 mulheres foram mortas por dia no país, em
média, um total de 4.762 homicídios.
- O Brasil é um país extremamente
violento. Mata meninos e meninas e mata mulheres. E isto não é natural. A luta
das mulheres mostrou isto para a sociedade –afirmou Jurema Werneck.
Ouça o áudio a seguir.
A roda de diálogo seguinte foi composta de integrantes
do movimento feminista, pesquisadoras e gestores e gestoras públicas. Priscila
Estevão (Fórum da Juventude Negra), Durvalina Rodrigues (Abayomi), Terlucia Silva (Bamidelê e AMNB) e Roberta Schultz (Semdh/PB) aprofundaram a
discussão sobre o tema e as estratégias de enfrentamento da violência doméstica
no âmbito local.
A mediação do seminário foi de Luciana Cândido (Cunhã).
Em entrevista, Terlucia Silva destacou a luta do
movimento feminista e a trajetória da Lei Maria da Penha.
Descrição
para cegos: foto mostra a palestrante Terlucia sentada, com um microfone com a
mão direita.
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A realização
do Seminário resultou de uma parceria entre Cunhã Coletivo Feminista; Bamidelê
- Organização de Mulheres Negras; Grupo Marias; Centro de Referência de
Direitos Humanos da UFPB; Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras; Rede de Mulheres
em Articulação da Paraíba; Grupo Maria Quitéria; Grupo de Estudo, Pesquisa e
Extensão sobre Serviço Social e Políticas Públicas para as Mulheres
(GEPESS/UFPB); Articulação de Mulheres Brasileiras e Articulação de Mulheres
Negras Brasileiras.
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