quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Mais um século de desigualdade salarial


Descrição para cegos: Imagem mostra balança equilibrando os símbolos de Vênus,
que representa o sexo feminino e está como peso mais leve, e o símbolo de Marte,
que representa o sexo masculino e está mais pesado.

Por Laís Suassuna


       Publicado em Genebra, Suíça, no último dia 25, o Relatório de Desigualdade de Gênero de 2016 do Fórum Econômico Mundial, revelou dados alarmantes para as mulheres da classe trabalhadora do Brasil. De 144 países avaliados, com Finlândia, Noruega e Suécia ocupando os primeiros lugares, o Brasil apresenta um resultado preocupante: alcançou a 129ª posição.
       Considerando aspectos políticos, econômicos, de educação e saúde, apontando as áreas que precisam de melhorias, o estudo mostrou que até mesmo os países nórdicos que alcançaram as primeiras posições também revelaram um retrocesso na igualdade de gênero em âmbitos laborais.
       No ano de 2016 o relatório mostrou que a expectativa mundial é de 170 anos, 50 anos a mais do que o ano anterior, para se atingir uma equidade salarial, de oportunidades trabalhistas e educação entre homens e mulheres. 
       O Brasil obteve uma média de 95 anos, consideravelmente melhor do que a mundial, com bons resultados nas questões de acesso à saúde e à educação, mas se estabelecendo com o pior resultado da América Latina. 
       Nos anos de 2014 e 2015, durante o governo Dilma Rousseff, o Brasil ocupava, respectivamente, as 85ª e 79ª posições, pois as mulheres exerciam maior quantidade de cargos em áreas políticas e econômicas. O resultado deste ano mostra uma queda altamente crítica.

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