sábado, 3 de dezembro de 2016

Michelle Obama: visibilidade da mulher negra


Descrição para cegos: retrato de Michelle Obama, sorrindo, enquanto discursa.

Luan Alexandre

        Michelle Obama, primeira-dama dos EUA, entrou para a história ao lado de seu marido por serem o primeiro casal negro predencial daquele país. Nunca vista apenas como “a esposa do presidente”, em todos os anos de governo de Barack Obama, ela atuou políticamente e serviu de voz para uma população ainda bastante marginalizada: a mulher negra.
        Ao vasculhar o passado de Michelle, percebe-se que ela tem um histórico de luta contra o racismo e o machismo. Além de ter parentesco com uma família que foi escravizada no século XIX, ela sofreu bastante pela sua cor na juventude. Era inferiorizada pelos professores que achavam que ela entrar na Universidade era “aspiração” demais, e, ao designada para compartilhar o quarto com uma menina branca, viu a mãe da colega exigir que a menina dividisse o quarto com outra pessoa, apenas pelo fato de Michelle ser negra.

        Michelle tem sido uma voz na luta política e de empoderamento das mulheres. Muito atuante ao lado do marido, já participou de campanhas a favor da vida saudável e do exercício físico, e ganhou destaque ao falar da escolarização de meninas, com a iniciativa “Let Girls Learn”, em português, “Deixe As Meninas Aprenderem”.
        Recentemente, ela fez um discurso histórico em apoio à campanha de Hilary Clinton, que tem mais de dezenas de milhões de views no youtube. Nele, ela entoa uma frase que já entrou para a história: "Graças a Hillary Clinton, minhas filhas e todos os nossos filhos e filhas agora sabem que uma mulher pode ser presidenta dos Estados Unidos”.
        E não para por aí: Michelle Obama tem sido citada como uma forte canditada à presidência em 2020, e termina com Obama seu mandato com uma aprovação de 64% como primeira-dama. Visivelmente querida pelo povo, ela se destaca como uma mulher forte e um símbolo atuante pelas vozes das minorias, principalmente em um país de cunho conservador que ainda apresenta muitos resquícios de machismo e de racismo.

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