quinta-feira, 3 de agosto de 2017

CineFeminista debateu “Dandaras”

Descrição para cegos: cena do filme mostra uma das personagens entrevistadas, uma mulher idosa que veste roupas brancas tradicionais das religiões afro-brasileiras, incluindo turbante. Ela tem um olho levemente fechado. À sua direita aparece o título do filme e, sobre uma mesa, santos católicos e outros símbolos religiosos.

Por Felipe Lima

Na última sexta-feira (28), o CineFeminista exibiu o mini documentário Dandaras: A Força da Mulher Quilombola, de Ana Carolina Fernandes. A sessão aconteceu no Auditório do Laboratório de Estudos e Práticas Sociais da UFPB e foi promovida pelo Projeto de Extensão Feminismo, Formação Política e Movimento de Mulheres da Paraíba (GEPSS Feminista – UFPB).

A exibição integrou uma agenda política com o objetivo de dar visibilidade à data 25 de julho, Dia das Mulheres Negras da América Latina e do Caribe e Dia de Teresa Benguela no Brasil. Reunindo diversos grupos feministas da Paraíba, o movimento está na 19ª edição com o lema “Mulheres negras resistem: contra o racismo, a violência e pela democracia”.
Após o filme, Nívia Pereira, professora do Departamento de Serviço Social da UFPB e coordenadora do CineFeminista, iniciou uma mesa-redonda para debater o tema levantado pelo documentário. Participaram da discussão Marli Soares, representante do Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais da Paraíba Maria Quitéria, e a cineasta Carina Fiúza.
Dandaras: A Força da Mulher Quilombola,lançado em 2015, mostra uma série de entrevistas com personagens negras que representam a resistência feminina quilombola. As cinco mulheres entrevistadas falam de suas trajetórias e do engajamento como lideranças políticas de suas comunidades em Minas Gerais.
A produção, que faz referência a Dandara, uma guerreira negra do período colonial brasileiro e esposa de Zumbi dos Palmares, questiona como a mulher negra é geralmente retratada à sombra de um homem, com sua fama ancorada à dele. Para isso, apresenta mulheres que resolveram tomar as rédeas do movimento quilombola e quebrar o protagonismo masculino.O filme tem direção da antropóloga Ana Carolina Fernandes e está disponível no Youtube.

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