Descrição para
cegos: imagem mostra mesa composta pelas palestrantes descritas no texto. À
frente, uma faixa escrita: ‘Fora Temer’ e atrás uma foto escrita: ‘Mulheres
UFPB’.
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Por Mikaella Pedrosa
Aconteceu terça-feira (18) o debate Assédio
Sexual nas universidades: enfrentamentos em tempos de crise, na Universidade
Federal da Paraíba. Trata-se de um movimento organizado pelo Fórum de Mulheres
em Luta da UFPB, que tem como objetivo discutir e ampliar políticas internas
para mulheres e grupos vulneráveis na Universidade Federal da Paraíba.
A mesa foi composta pelas representantes do
Fórum, Margarete Almeida, Juciane de Gregori e Ana Margarida Andrade dos
Santos; e pela presidenta nacional do sindicato das universidades públicas, o
Andes, Eblin Farage.
Como começou
O Fórum iniciou as atividades no ano passado,
impulsionado pelos relatos de professoras, alunas e técnicas administrativas
que continuamente estão sendo assediadas dentro da universidade. O grupo conta
com representação em todos os Campi da UFPB e tem organização descentralizada.
“Nós funcionamos de forma auto-organizada e
por isso as demandas pretendem atender a todas as mulheres em suas
especificidades e níveis de violência”, explicou a professora do Departamento
de Jornalismo Margarete Almeida.
Audiência pública
Dentro das propostas que a organização pensou,
durante o Seminário de Mulheres, que foram encaminhadas para a Reitoria por
meio de audiência, incluiu-se: a necessidade de implantação de ouvidoria
específica para receber denúncias de violência contra a mulher; treinamento de
mulheres para trabalhar na ouvidoria; ampliação de creches e serviços para mães
da UFPB; ampliação e atenção aos direitos das mulheres trans, bissexuais e
lésbicas.
“Esse é um movimento que pela primeira vez em
muito tempo está estremecendo a universidade. A luta e a organização dessas
mulheres estão sendo ouvidas e a reitoria precisa atender”, falou durante a palestra
o professor e sindicalista Daniel Antiquera.
Com seminários, reuniões, cursos e
debates, o Fórum de Mulheres da UFPB recebe cada vez mais mulheres que
compartilham de histórias de violência dentro da universidade. As propostas
podem ser encontradas na página do Facebook do movimento de mesmo nome.
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