terça-feira, 7 de maio de 2019

LOLA: ENTRE REDES E ATIVISMO

Há pouco dizíamos que a internet era terra de ninguém, felizmente houve uma brusca
mudança e nós estamos marcando nosso espaço de discussão e engajamento para nossas
pautas. Assim, vemos a principal característica do ciberativismo feminista: utilizar a rede
mundial de computadores para compartilhar nossas opiniões, conquistas e necessidades
enquanto mulheres que se rebelaram contra o status patriarcal da sociedade a qual ainda
vivemos, um movimento que revela a modernização da militância de rua e a chance para que
diversas vozes possam ser ouvidas no mundo real, mas uma sempre me chamou atenção por
sua insistência em anos de escrita, denúncias, invasões de privacidade com sua família e
esperança nas mulheres. Ela é a Lola.



Descrição para cegos: Imagem em preto e branco com a foto de Lola usando uma camisa com
a frase “Lute como uma garota”


A professora Lola Aronovich foi a percussora desse movimento, com seu blog
“Escreva Lola Escreva”, ainda ativo e atualizado diariamente. Nele, além de comentar casos
atuais de machismo, misoginia e outras características da onda conservadora que caminham
com rapidez no país, ela faz denúncias contra espaços digitais nos quais criam e difamam
militantes de esquerda com a criação e divulgação de fake news. Com o passar dos
anos, novas plataformas foram surgindo e com elas novas protagonistas, mas Lola não perdeu
evidência e continuou a ser uma das vozes mais respeitadas nos locais de discussão de
gênero, por isso, as telas não foram suficientes para seu discurso e sua presença se tornou
recorrente em diversos eventos de discussão acerca do tema.

Lola é o olhar de luta, aquele que, muitas vezes, diante de tantas notícias ruins sobre
nossos direitos em constante regressão até a total suspensão, ressignifica a nossa própria
crença em continuar. Se Lola continua, nós continuamos juntas a ela.

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