segunda-feira, 27 de outubro de 2014

“Nós existimos”

Descrição para cegos: foto de Andrew Garfiel no clipe de "We Exist" do Arcade Fire.


Por: Jade Santos

Gravada pela banda Arcade Fire, a música We Exist, lançada em 2013, retrata a forma conturbada como um jovem é tratado em seu meio social e em sua família. A banda convidou o ator Andrew Garfield, protagonista de O Espetacular Homem-Aranha para estrelar o vídeo clipe da música, onde ele vive um jovem que enfrenta preconceitos e rejeição por se vestir como mulher e sair pelas ruas dessa forma.
O jovem é vítima de rumores que pessoas como ele não deveriam existir. Esse comportamento é reprovado até por seu pai, que reza para que a maneira de agir do filho seja apenas uma fase.
O jovem protagonista do clipe é apenas o retrato do que realmente ocorre quase todos os dias com garotos transgêneros e homossexuais, que são marginalizados da sociedade como se realmente não existissem. Além disso, sofrem todo tipo de rejeição e preconceito. Assista ao vídeo clipe e dê sua opinião.

domingo, 19 de outubro de 2014

A Verdadeira Negra


Descrição para cegos: mulher segura um cartaz dizendo "Globo, eu não sou tuas negas".

A teledramaturgia brasileira, principalmente a da maior emissora do Brasil – A Globo – não recicla sua postura quanto à representação da mulher negra, tratando-a de forma pejorativa. Apesar dos anos, a caracterização estereotipada predomina. A televisão associa a beleza negra ao desejo sexual. As personagens raramente ocupam um papel que represente ascensão profissional, cabendo-lhes a imagem dos menos favorecidos. O título do seriado a que se refere este artigo evidencia o padrão midiático que prevalece na teledramaturgia. As mulheres que assumem sua negritude e estão cansadas de serem rotuladas, lançaram uma campanha nas redes sociais contra o programa: # “sexo e as nêgas, não me representa”.(Sara Gomes)
A seguir, um vídeo de indignação da Dra. Ludmila Cruz sobre a série


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Feminismo vendido


Descrição para cegos: imagem da cantora Beyoncé com um cartaz "We can do it!" de fundo.

Uma primeira impressão da palavra Feminismo traz diversas alusões às mentes das pessoas. Uns podem lembrar-se do movimento extremista, enquanto outros vão remeter-se à luta por igualdade de gênero. Por ser uma palavra que traz bagagens históricas riquíssimas de mulheres que fizeram de suas ações uma referência para os dias de hoje (exemplos de Emma Guldman e Marie Curie), atualmente o Feminismo está sendo vinculado à cantoras da música pop internacional, tratado como uma ideologia a ser defendida. Mas a questão é: até que ponto isso é verdadeiro? E a que preço?
Ultimamente a mídia tem mostrado as cantoras Beyoncé e Miley Cyrus como adeptas do Movimento Feminista (moderno). Enquanto Emma e Marie, em sua época, tiveram uma forma de protestar a favor da equidade de gênero, também aquelas estariam prontas para militarem a favor do Feminismo. Em suas canções, por exemplo, Beyoncé revela claramente em "Run the World (Girls)" uma versão idealista de empoderamento feminino e a mulher como superior ao homem. Assim também Cyrus, que se considera publicamente como Feminista, tanto em suas entrevistas como no seu próprio modo de viver.
Entretanto, a crítica considera essas atitudes um marketing da cultura pop musical para ganhar mais público através da “novidade”. Seria uma forma de vender uma ideologia em favor de um maior alcance. Enquanto antes a palavra Feminismo nem era mencionada pelas artistas por trazer uma conotação negativa, agora está sendo cantada. A Beyoncé de “Run the World (Girls)” é a mesma de “Drunk in Love” que contém trechos que remetem a uma situação de abuso e violência contra mulher. Da mesma forma Miley se contradisse quando fez uma performance em 2013 e seminua cantou “Blurred Lines”, música que faz forte alusão ao enaltecimento do estupro e à desvalorização da mulher. (Maryellen Bãdãrãu)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

FotoSíntese

Descrição para cegos: foto de um casal sentado na praia.
QUEM VOCÊ É?
A expressão “ideologia de gênero” é utilizada para definir a neutralidade do gênero humano. A existência de um modelo identificado pela sociedade como ideal intimida por diversas vezes o verdadeiro “eu” que habita em cada indivíduo. A descoberta da identidade não provém de uma classe social, mas é algo de dentro pra fora, é preciso libertar a si mesmo. (Jade Santos)

Durante o semestre 2013.2 houve a exposição da turma do quarto período de Jornalismo no Centro Acadêmico de Jornalismo Vladimir Herzog da Universidade Federal da Paraíba. A exposição foi coordenada pela professora Margarete Almeida, na disciplina Estudos Culturais em Comunicação. O projeto exposto teve como tema central o Multiculturalismo, no qual foram abordados diversos subtemas como a diversidade sexual, a diversidade religiosa, a diversidade de etnia e também a diversidade de gênero, que foi representado na FotoSíntese acima.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

As diversas faces de Frida Kahlo

Descrição para cegos: ilustração de Frida Kahlo.
Frida Kahlo (1907-1954) – pintora mexicana, ícone do feminismo e comunista. Uma mulher moderna, assumidamente bissexual, com mentalidade à frente de seu tempo que rompeu com os padrões estéticos da época. André Breton – poeta francês – a intitulava como “surrealista autocriada”. Entretanto, Frida não se permitia encaixar em qualquer conceito além da realidade que viveu, e dizia: “Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade”.
 Um grave acidente de ônibus – aos 18 anos - foi divisor de águas na vida de Frida, provocou uma tripla fratura em sua coluna vertebral. Essa fatalidade despertou seu lado artístico, que utilizou da pintura para vencer a ociosidade de sua lenta recuperação.