Descrição para cegos: Vários casais homoafetivos em abraço coletivo dentro da igreja da comunidade metropolitana. Ao fundo cartazes com a sigla ICM que consiste no nome da igreja. |
Por
Tereza Figueiredo
O mês de maio,
conhecido como “mês das noivas”, é marcado pelo grande número
de celebração de matrimônios. Em João Pessoa, maio será palco de
um casamento comunitário não usual: as pessoas que se casarão são
do mesmo sexo.
O matrimônio coletivo,
previsto para o dia 29, será realizado na Igreja da Comunidade
Metropolitana (ICM), pelo pastor Clísten Corgellys e pelo reverendo
Igor Simões, e contará com a presença de um tabelião, para que as
uniões, além dos efeitos religiosos, também gerem efeitos legais.
Fundada em 1968 pelo
Reverento Troy Perry, nos Estados Unidos, a Igreja da Comunidade
Metropolitana está presente em mais de 50 países e prega o amor
inclusivo de Deus a partir da integração entre espiritualidade e
sexualidade, incentivando a liberdade e criatividade de seus membros.
Assim, a Igreja da
Comunidade Metropolitana propõe-se a lançar um novo olhar sobre os
textos bíblicos, afirmando que sua interpretação tem que ser
realizada em consonância com a atualidade e com os direitos humanos,
pois só assim é possível combater a discriminação contra as
mulheres, os homossexuais e os negros, categorias que foram
prejudicadas ao longo da História devido a uma leitura opressiva da
Bíblia.
A luta pela igualdade
de direitos e pela liberdade de gênero e sexual é a bandeira
ostentada por essa igreja evangélica, a qual, diferentemente da
maioria das religiões, além de promover a necessidade de proteção
e inclusão da mulher, permite que esta assuma altos postos em sua
hierarquia.
Convidado pelos mais
diversos meios de comunicação paraibanos nas últimas semanas para
prestar declarações sobre a Igreja da Comunidade Metropolitana e o
evento do dia 29 de maio, o pastor deixou claro que pretende realizar
a cerimônia conforme previsto, apesar das ameaças de morte e das
mais diversas agressões verbais que tem sofrido, ressaltando ainda
que a igreja é aberta a todos, não apenas aos gays, e que a
diversidade sexual é apenas uma das lutas que a ICM trava, não
podendo seu trabalho ser resumido apenas a isto.
Para
mais informações sobre a Igreja da Comunidade Metropolitana e sua
atuação no Brasil, visite o site oficial da instituição .
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