segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A revolução será ciberfeminista

Descrição para cegos: foto mostra uma mulher tirando foto de uma parede grafitada

Por Mikaella Pedrosa 

        Sem dúvida as paredes que limitavam o alcance das ideias feministas pelo mundo se tornaram inexistentes. A internet, em especial as redes sociais, proporcionou um meio essencial para a organização política do movimento feminista. Donna Haraway já problematizava em 1985 a “tecnocultura”, que seria a fusão entre o homem, a máquina e o produto disso influenciado por movimentos sociais, como o feminismo. 

No entanto, foi em 2009 que os sites brasileiros especializados em debate de gênero começaram a surgir e galgar espaços. Em 2015, a onda feminista online cresceu com denúncias e campanhas populares, alimentadas pelo próprio público que se tornou protagonista da chamada “Primavera Feminista” no Brasil. 
Em uma pesquisa própria na plataforma Google Trends, que permite mapear termos citados na internet, entre 2004 e 2017 o termo “feminismo” foi mais o buscado no ano de 2016. 

Campanhas como o Chega de Fiu Fiu do site Think Olga, passaram a ser agendadas na imprensa. A hashtag #carnavalsemassedio da AzMina também permitiu que o debate passasse pelo processo de crossmídia e chegasse aos programas da tradicional televisão brasileira. Assim como artigos científicos feitos com base na campanha #meuamigosecreto resultaram em um livro publicado pelo coletivo Não Me Kahlo em janeiro do ano passado. 

Iniciativas mais recentes como a Gênero e Número e a Beta robô feminista que atualiza dados sobre retrocessos nos direitos das mulheres trazem um outro tipo de abordagem com o auxílio dos códigos da Tecnologia da Informação. 
Ainda na pesquisa que fiz, quando comparados os termos "assédio", “feminismo” e “machismo”, o primeiro ganha no número de citações em quase todo o período pesquisado, tendo alcançado o pico de interesse do público em abril deste ano.


Os números ajudam a entender ainda o que o público quer saber quando faz pesquisas relacionadas ao movimento feminista. Os resultados deduzem interesse em entender do que se trata o movimento e quais são os pesquisadores que explicam o assunto.


A pesquisa completa pode ser lida nesse link.




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