Descrição para cegos: ilustração da figura de um ipod e os fones de ouvido feitos a lápis. |
Por Maryellen
Bãdãrãu
Durante a construção milenar dos ideais
femininos como afirmação dos direitos das mulheres, houve lutas e revoluções que
incentivaram o desenvolvimento de trabalhos artísticos, musicais e culturais. Porém,
na linha do tempo da música popular brasileira, há composições que reforçam os
estereótipos e a desigualdade de gênero.
Como um modo de reafirmar não só as
diferenças biológicas, mas também as sociais, a mulher é representada como traidora,
que abandona o lar, que é fútil, oportunista e fonte de prazer. Grande parte
desse repertório é disseminada com a ajuda das grandes mídias e tem muita
aceitação da sociedade, estimulando o mercado fonográfico a continuar com a
exploração.
Esse tipo de abuso incita na população
atitudes discriminatórias e estereotipadas, uma vez que a indústria cultural é
ligada a setores hegemônicos, que enquadram padrões e os vende como uma verdade
absoluta, reproduzindo discursos conservadores no qual o corpo social já é
familiarizado.