segunda-feira, 25 de abril de 2016

O que você precisa saber sobre Feminicídio


Descrição para cegos: desenho mostra cinco setas apontando para uma jovem sentada apoiada em um joelho,
com uma mão na cabeça e cabelo amarrado.
 

Com o objetivo de contribuir com uma cobertura jornalística mais coerente, contextualizada, crítica e aprofundada sobre a violência contra as mulheres, o Instituto Patrícia Galvão criou um dossiê que visibiliza as questões de gênero e o feminicídio, além de aprofundar o debate sobre a violência contra as mulheres na mídia e na sociedade, através de informação, diálogo e disponibilização de dados. Uma área importante do dossiê e que aqui indico é a seção que aborda o feminicídio, ou seja, o assassinato de mulheres apenas por sua condição de ser mulher. Essa parte apresenta de forma didática tudo sobre o assunto. Acesse a seção de feminicídio do dossiê aqui. (Dani Fechine)


terça-feira, 19 de abril de 2016

Machismo nosso de cada dia!


Descrição para cegos: foto mostra a frase "EL MACHISMO MATA" pintada em uma calçada.

Por Gabriela Figueirôa

        Engana-se quem pensa que o machismo só acontece em situações de estupro, violência doméstica, submissão e diferença salarial. Na verdade, ele permeia nosso cotidiano. Durante os protestos que aconteceram contra a votação do impeachment no último domingo, tive, mais uma vez, a certeza de que muitos dos comportamentos machistas estão presentes nos detalhes e nós nem percebemos, simplesmente, porque é uma construção histórica muito difícil de acabar.
        Em uma das aparições do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, um dos militantes que estava na manifestação soltou um “filho da puta”, e no mesmo momento foi repreendido por sua esposa: “Respeita as putas e a sexualização das mulheres”. O pedido de desculpas pelo deslize veio rapidamente.
        Depois de presenciar esse pequeno diálogo, fiquei refletindo o quanto a cultura patriarcal é determinante para a reprodução do machismo e como ela influenciou na sua naturalização.

domingo, 17 de abril de 2016

Pesquisa explora trajetória de Rede Feminista Norte e Nordeste


Descrição para cegos: foto mostra a professora Maria Eulina de Carvalho sorrindo e
olhando para a câmera.

A professora Maria Eulina de Carvalho desenvolveu o estudo para aprofundar os conhecimentos sobre a história da Redor. A Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero propicia o intercâmbio de conhecimentos, no contexto da luta pela igualdade de gênero. Maria Eulina foi a fundadora e a primeira coordenadora do Núcleo de Estudos Sobre a Mulher da UFPB, o Nipam, que também compõe a Rede. A Redor articula atualmente mais de 30 núcleos e grupos de estudo atuantes no Norte e Nordeste do país. Ouça a entrevista que fiz com Maria Eulina Pessoa para o programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábado, às 9h, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz). (Dani Fechine)

quarta-feira, 13 de abril de 2016

O golpe também é contra nós, mulheres


Descrição para cegos: foto exibe jovem mulher segurando
o cartaz "Veta o machismo Dilma!" e "Sou Vadia" escrito com
tinta na sua barriga.
Com um golpe em curso no Brasil contra a presidenta Dilma Rousseff, quem poderá sofrer, e muito, com os resultados desastrosos são as mulheres que lutam diariamente por mais voz e espaço. Em entrevista concedida ao site ciberativista AzMina, a professora de Ciência Política da UnB, Flávia Birolli, fala sobre a maior crise que o Brasil pode vir a enfrentar: a perda de direitos já conquistados pelas mulheres. A professora também aborda o perigo dos aplausos a políticos conservadores e com ideologias fascistas. “No golpe em curso, as mulheres têm muito a perder”, declarou. A leitura é importante e esclarecedora. O momento que o país enfrenta pede reflexão e conhecimento. Leia a entrevista aqui. (Dani Fechine)

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Zaha Hadid e seu legado para o feminismo

Descrição para cegos: foto exibe a arquiteta Zaha Hadid com
a cabeça um pouco elevada e sorrindo olhando para a câmera.
Por Vítor Nery

      Zaha Hadid, arquiteta mundialmente consagrada, faleceu no dia 31 de março, vítima de um ataque cardíaco em Miami. Ela tinha 65 anos e estava se tratando de bronquite.
      Pioneira em sua área, Hadid sempre apontava a importância da representação feminina na sociedade, defendendo que as pessoas precisam parar de restringir as mulheres, desencorajá-las aos desafios e julgá-las por serem ambiciosas. “Elas precisam de autoconfiança”, afirmava – “especialmente em um campo dominado por homens, nos escritórios e nas construtoras.”
      

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Pra quê o feminismo?

Por Dani Fechine


Descrição para cegos: desenho tem a imagem clássica
"Rosie, the riveter", que exibe uma mulher com expressão
séria arregaçando a manga de sua camisa, usando uma bandana
e dizendo "We Can Do It!"  expressão inglesa que significa
"Nós podemos fazer isso!"
“Eu não preciso de feminismo”. É essa uma das frases mais vociferadas hoje em dia. A culpa? Dos estereótipos. Da mídia. Do machismo imperado. Nós, do lado de cá da luta, apenas engolimos a afirmação. Crescemos para entender que todos vivem a partir de necessidades diferentes e, portando, escolhem lutar por motivos outros.
Mas para que a ideia de fracasso não atinja o movimento, vivemos mesmo é numa incessante caminhada de negação a essa frase dita sempre com tanta força e de forma pejorativa. Talvez você ache que não precisa do feminismo, no entanto, eu tenho uma boa notícia pra você: nós lutamos pelos seus direitos da mesma forma.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Dilma, não se preocupe. Eu também sou uma louca.

Descrição para cegos: imagem mostra a capa da revista Istoé
que tem como chamada principal "As explosões nervosas da
presidente" e traz uma foto da Presidenta Dilma Rousseff com
a boca aberta e sobrancelhas arqueadas.
Por Gabriela Figueirôa

A última edição da revista IstoÉ me pegou de surpresa, confesso. Por mais que o jornalismo que vem sendo feito na atual conjuntura política do país venha me decepcionando diariamente, esta edição conseguiu ir mais além. Foi mais uma verdadeira frustração que me levou a uma reflexão sobre as tais mulheres “loucas”.
Pra quem não viu, a capa da IstoÉ foi um incontestável ataque a todas as mulheres. Ela trouxe como destaque a foto da presidenta Dilma Rousseff em um pretenso momento de descontrole emocional. A reportagem traz um texto vexaminoso – para o jornalismo. Na matéria, é descrito um comportamento descontrolado, desequilibrado e preocupante da Presidenta da República, taxada em vários momentos de histérica, furiosa, propensa a atos violentos e incapaz de continuar dirigindo o país.