segunda-feira, 27 de abril de 2015

As virgens juramentadas da Albânia

Descrição para cegos: Imagem divida em três fotos. Na primeira
imagem à esquerda, a mulher kanun posa para foto em um campo aberto
apoiada numa bengala enquanto segura um cigarro. Já no lado direito
ela está em dentro de uma sala de estar falando com alguém, pode-se notar
móveis, almofadas e quadros ao fundo. Logo abaixo ainda no lado direito,
ela está de costas para uma parede olhando para o horizonte.

Por Tereza Figueiredo

Durante mais de cinco séculos, o Kanun foi passado verbalmente no norte da Albânia. Dentre os ensinamentos desse código de conduta merece destaque a tradição das virgens juramentadas, na qual meninas se consagram e abrem mão de uma vida sexual ativa e de sua feminilidade – ou qualquer vestígio que as identifique como mulheres - para assumir um papel masculino para o resto da vida.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Por que as mulheres se aposentam mais cedo?

Descrição para cegos: Uma carteira de trabalho e previdência social
numa superfície totalmente branca.

Por Tereza Figueiredo

O artigo 201, § 7º, incisos I e II, da Constituição Federal dispõe que, dentre outros requisitos para a concessão da aposentadoria, é necessário que se tenha 35 anos de contribuição e 65 anos de idade, se homem, e 30 de contribuição e 60 de idade, se mulher.
Com as reformas previdenciárias sofridas no início deste ano, a exemplo das modificações no período aquisitivo para a concessão de seguro-desemprego, especula-se acerca de uma possível substituição do fator previdenciário. Assim, surge o questionamento: será que, com a possível troca do fator previdenciário por outro mecanismo, permanecerá a diferença quanto à idade e ao tempo de contribuição para homens e mulheres? A provável resposta é que sim.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Precisamos falar sobre o aborto

Descrição para cegos:Jean Wyllys e sua base aliada em abraçado coletivo
dentro do seu próprio gabinete. No fundo a bandeira do Brasil, uma estante
um mapa e uma pintura em tela.

Por Camila Albuquerque

“Precisamos tornar essa pauta uma política pública, independente de ser contra ou a favor da interrupção voluntária da gravidez indesejada", anunciou o deputado federal Jean Wyllys em sua conta no microblogTwitter, no dia 24 de março, ao apresentar o projeto de lei que estabelece a política pública para saúde sexual e regulamenta a interrupção da gravidez indesejada – este último, o polêmico aborto.
O projeto, chamado de PL 882/15, prevê a legalização do aborto até 12 semanas de gestação no Sistema Único de Saúde (SUS), se a mulher assim o quiser, e também prevê que o Ministério da Educação invista em medidas para educação sexual e reprodutiva, inclusive levando para a escola conversas sobre a prevenção de gravidez não desejada. O texto frisa ainda a promoção de “uma visão da sexualidade baseada na igualdade, com prevenção à violência de gênero”.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Centenário de Ana Montenegro

Descrição para cegos: Imagem da Ana Montenegro em preto e branco.
Ao lado de Ana Montenegro há escrito a data de nascimento e a seguinte
 frase: Escritora, historiadora, advogada, poeta e militante política. Logo
acima tem a palavra centenário. A palavra centenário está curvada.
Já no rodapé se encontra a imagem da OAB Bahia.

Por Tereza Figueiredo

Ana Lima Carmo nasceu no Ceará, em 13 de abril de 1915 e, posteriormente, mudou-se para a Bahia, onde recebeu o título de cidadã. Formada em Direito e Letras, Ana Lima Carmo adotou o nome de Ana Montenegro, através do qual ficou conhecida pela sua luta em defesa dos Direitos Humanos.
Ana fundou a União Democrática de Mulheres da Bahia e participou da fundação da Federação Brasileira de Mulheres e do Comitê Feminino Pró-Democracia, sendo uma ativista dos Direitos Humanos até o seu falecimento, em 2006.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A virgem na jaula: um apelo à razão

Descrição para cegos: Mão esquerda com unhas
pintadas de vermelho segurando o livro A virgem na jaula.

Por Tereza Figueiredo


Ao ser convidada por uma professora para ler “A virgem na jaula: um apelo à razão”, de Ayaan Hirsi Ali, imaginei que me depararia com algum enredo relacionado ao tabu da sexualidade feminina.
A história, contada em pouco mais de 200 páginas, retrata a vida da própria autora. No entanto, é bem mais densa que isso: através de um verdadeiro desabafo, o leitor é exposto ao mundo islâmico e todas as suas fragilidades, especialmente no que concerne o tratamento dispensado à mulher.
Ayaan Hirsi Ali faz um apelo ao mundo ocidental para este resgate às mulheres oprimidas pelo islã, sob o argumento de que nenhum aspecto cultural deve servir de mecanismo para a degradação e sofrimento humanos. Os relatos de sua infância, da mutilação genital a que foi submetida, e de sua fuga para a Holanda, onde buscou refúgio e reconstruiu sua vida e carreira, são intercalados com as histórias de outras mulheres que cruzaram sua trajetória rumo ao ocidente.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Violência obstétrica em pauta

Descrição para cegos: Seis mãos envolvendo uma barriga gestante com efeito de preto e branco na foto.
Por Enezita Guilherme

Um assunto bastante comentado nos dias atuais, a violência cometida contra a mulher no momento em que se encontra mais fragilizada, vem ganhando espaço para debate e conscientização na imprensa paraibana.
A violência obstétrica, aquela que ocorre no período do pré-natal, do parto ou do aborto, ocorre com mais freqüência do que imaginamos. Isso porque nem sempre é entendida como tal e, consequentemente, passa despercebida.
Um projeto de lei de autoria do vereador Lucas de Brito, tramitando na Câmara Municipal de João Pessoa, pretende garantir o acesso da mulher a informações importantes acerca da Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal. Esperamos que não fique apenas no papel.