sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Projeto implanta sistema de informação em órgão de apoio à mulher


Descrição para cegos: foto mostra a professora Gisele Rocha sorrindo.

O benefício foi realizado no Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, em João Pessoa, e inseriu um sistema de automação de atendimento, o Atende Mulher. Além de agilizar os registros, facilita o levantamento de dados sobre a violência doméstica com estatísticas mais atualizadas. A responsável pelo projeto Canais da Informação no Enfrentamento à Violência Doméstica é a professora Gisele Rocha. Ela é docente do Departamento de Ciência da Informação da UFPB. Ouça a entrevista que a repórter Gabriela Figueirôa realizou para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Laís Suassuna)


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O que Dilma Roussef e Hilary Clinton têm em comum

Descrição para cegos: foto de Dilma e Hilary, juntas, sorrindo para câmera.

                                                                Luan Alexandre

         Dilma Rouseff, ex-presidente do Brasil e Hilary Clinton, candidata a presidência dos Estados Unidos, têm mais coisas em comum além de serem duas mulheres em posições políticas relevantes de dois países poderosos no cenário internacional. Suas candidaturas foram em parte rechaçadas por uma grande parte da população por um discurso que infelizmente ainda é bastante sustentado atualmente: o discursto machista.

        Em 2014, Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil. Alheio ao cenário político da sua campanha, muitas das críticas que recebeu de nada tinham a ver com sua condição de administradora do país, mas sim, pelo seu gênero. Desde críticas duras a sua aparência a até mesmo adesivos pornográficos que foram espalhados pelo país ao longo de seu mandato, a ex-presidente foi alvo de rejeição de muita gente apenas pelo fato de representar uma mulher no comando do poder.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Michelle Obama: visibilidade da mulher negra


Descrição para cegos: retrato de Michelle Obama, sorrindo, enquanto discursa.

Luan Alexandre

        Michelle Obama, primeira-dama dos EUA, entrou para a história ao lado de seu marido por serem o primeiro casal negro predencial daquele país. Nunca vista apenas como “a esposa do presidente”, em todos os anos de governo de Barack Obama, ela atuou políticamente e serviu de voz para uma população ainda bastante marginalizada: a mulher negra.
        Ao vasculhar o passado de Michelle, percebe-se que ela tem um histórico de luta contra o racismo e o machismo. Além de ter parentesco com uma família que foi escravizada no século XIX, ela sofreu bastante pela sua cor na juventude. Era inferiorizada pelos professores que achavam que ela entrar na Universidade era “aspiração” demais, e, ao designada para compartilhar o quarto com uma menina branca, viu a mãe da colega exigir que a menina dividisse o quarto com outra pessoa, apenas pelo fato de Michelle ser negra.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Pesquisa faz levantamento de escritos femininos em jornais paraibanos

Descrição para cegos: foto mostra a professora Maria Lúcia sentada a uma mesa, tendo alguns papéis sobre o móvel. Virada um pouco de lado, ela olha para a câmera.


Intitulado Quando as mulheres escrevem: Textos sobre a educação na imprensa paraibana, o estudo consiste no mapeamento das mulheres que escreviam para os jornais, nas décadas de 1920 e 1930, e das temáticas abordadas. A responsável é a professora do Departamento de Metodologia da Educação da UFPB Maria Lúcia Nunes. A pesquisa mostra que os assuntos abordados por essas mulheres estavam sempre relacionados à educação e à conquista de direitos. Mais detalhes com a repórter Gabriela Figueirôa. A entrevista foi feita para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. Ouça a matéria clicando no player. (Laís Suassuna)

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Clube de Leitura estimula a divulgação de obras de mulheres escritoras

Descrição para cegos: imagem é um quadro azul dentro do qual aparecem a foto de Laíza sorrindo e seu nome. À foto foi aplicado um efeito de sombreamento que dá a impressão de que ela paira sobre a base

O Leia Mulheres procura quebrar o sexismo existente no meio literário, que desvaloriza a literatura feminina. Surgiu após a escritora britânica Joanna Wash lançar a campanha Read Women 2014, nas redes sociais. Através de clubes de leitura, em várias cidades do Brasil a iniciativa estimula a produção e visibilidade das autoras. Em João Pessoa, o Leia Mulheres existe desde março. A repórter Luana Silva entrevistou Laíza Félix, uma das organizadoras do Clube, para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. Ouça a entrevista. (Laís Suassuna)

sábado, 26 de novembro de 2016

Conduta sexual de risco impacta na vida da mulher e no mercado de trabalho


Descrição para cegos: foto da professora Mércia Santos olhando para a câmera.

A constatação resulta de duas pesquisas realizadas pela professora Mércia Santos, do Departamento de Economia da UFPB. Ambas estudaram os perfis socioeconômico, demográfico, cultural, regional e comportamental de adolescentes brasileiras. A partir disso, classificaram quais são as mulheres mais propensas a engravidar durante a adolescência. Foram verificados ainda os impactos da gravidez precoce no salário da mulher. Mais informações com a repórter Mikaella Pedrosa. A entrevista foi realizada para o programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. Ouça a matéria. (Laís Suassuna)

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Evento semanal na UFPB divulga produção científica feminina


Descrição para cegos: foto das estudantes Gabriela, Isabela e Lívia lado a lado, rindo para a câmera. Elas vestem blusas iguais, alusivas ao projeto Mulheres na Ciência.

Todas as sextas-feiras, às 17 horas, o auditório do Departamento de Sistemática e Ecologia da Universidade Federal da Paraíba tem evento agendado. O local dá espaço às palestras semanais do Mulheres na Ciência UFPB, iniciativa que promove a produção científica feminina. O projeto é encabeçado por Gabriela Sotto-Maior, Isabela Jerônimo e Lívia Oliveira, estudantes do curso de Ciências Biológicas da UFPB. A estudantes foram entrevistadas  pelo repórter Felipe Lima para o programa Espaço Experimental, que é produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB e vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz). Ouça a entrevista. (Laís Suassuna)


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O rap feminista do Sinta a Liga Crew

Descrição para cegos: foto do grupo Sinta a Liga Crew, incluindo o DJ Guírraiz entre as seis rappers, posando em local ao ar livre, tendo algumas árvores por trás.
Formado por alguns dos nomes mais importantes do hip hop feminino na Paraíba – Camila Rocha, Giordana Leite, Julyana Terto, Kalyne Lima, Preta Lange e Priscilla Lima – o grupo Sinta a Liga Crew e seu ativismo feminista foi tema de entrevista no Espaço Experimental no último dia 5. A repórter Diana Araújo conversou com Julyana, Kalyne e Preta neste segmento que teve a produção de Felipe Lima e Luana Silva. A entrevista foi realizada para o programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz), produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. Ouça a matéria clicando no player. (Laís Suassuna)                                                                            

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Denice Santiago e a proteção a mulheres na Bahia


Descrição para cegos: Foto exibe a major Denice Santiago usando a
farda do exército e falando próxima a um microfone.

Por Laís Suassuna


       Trabalhando no quarto estado brasileiro que mais recebe denúncias de casos de violência contra a mulher, de acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal, a major Denice Santiago, 45 anos, atua como comandante da Ronda Maria da Penha (RMP), principal núcleo de combate a crimes contra a mulher na Bahia.                                                                            Iniciada em 2015, a RMP abrange as cidades de Salvador, capital baiana, Juazeiro, Feira de Santana, Serrinha e Paulo Afonso e atende cerca de 629 mulheres vítimas de violência doméstica.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Mulher-Maravilha e a representatividade feminina


Descrição para cegos: desenho da Mulher-Maravilha sentada ao lado de uma menina, com a mão em sua cabeça.
Luan Alexandre

        A escolha da Mulher Maravilha para ser a embaixadora honorária das mulheres e meninas na ONU tem gerado debates. Primeiro, defende-se a tese de que o personagem é um símbolo da luta das mulheres por ter ganhado destaque em um mundo de quadrinhos e HQs dominados por homens.
        Durante muito tempo, heróis masculinos foram as figuras centrais nessa plataforma, e as mulheres eram apenas coadjuvantes das histórias: se não estavam esperando ser salvas pelos super-heróis, estavam em algum núcleo inferior da trama, cumprindo papel de suporte do protagonista.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Mais um século de desigualdade salarial


Descrição para cegos: Imagem mostra balança equilibrando os símbolos de Vênus,
que representa o sexo feminino e está como peso mais leve, e o símbolo de Marte,
que representa o sexo masculino e está mais pesado.

Por Laís Suassuna


       Publicado em Genebra, Suíça, no último dia 25, o Relatório de Desigualdade de Gênero de 2016 do Fórum Econômico Mundial, revelou dados alarmantes para as mulheres da classe trabalhadora do Brasil. De 144 países avaliados, com Finlândia, Noruega e Suécia ocupando os primeiros lugares, o Brasil apresenta um resultado preocupante: alcançou a 129ª posição.
       Considerando aspectos políticos, econômicos, de educação e saúde, apontando as áreas que precisam de melhorias, o estudo mostrou que até mesmo os países nórdicos que alcançaram as primeiras posições também revelaram um retrocesso na igualdade de gênero em âmbitos laborais.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Mulheres jovens sabem pouco sobre preservativo feminino

Descrição para cegos: foto da professora Simone levemente de perfil.

A constatação é de um estudo orientado pela professora Simone Helena dos Santos Oliveira, do Departamento de Enfermagem Clínica da UFPB. A pesquisa analisou o conhecimento de jovens mulheres sobre esse tipo de preservativo. Os resultados demonstraram alta taxa de desinformação entre as participantes. A repórter Diana Araújo entrevistou a professora Simone Helena sobre a pesquisa, para o Espaço Experimental. O programa é produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. Vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz). (Luan Alexandre)

domingo, 23 de outubro de 2016

#NiUnaMenos: grito das argentinas contra o feminicídio

Descrição para cegos: Fotografia exibe a hashtag #NiUnaMenos  ao lado de um desenho de uma menina, ambas estampadas na bandeira da Argentina.

Por Laís Suassuna


       A cada 30 horas uma mulher é morta na Argentina, segundo a ONG La Casa del Encuentro. No dia 8 de outubro de 2016, a adolescente Lucía Perez, de 16 anos, que foi drogada, estuprada e empalada por um grupo de homens em Mar del Plata, cidade litorânea da Argentina, virou estatística. 
       Os assassinos, três homens de 23, 41 e 61 anos, depois da ação desumana realizada com a jovem, tentaram disfarçar as marcas do crime limpando-a, vestindo roupas limpas e deixando-a no hospital, onde Lucía não resistiu aos graves ferimentos e morreu, ao sofrer uma parada cardíaca, pouco tempo depois.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Jornalismo paraibano não valoriza mulher como fonte



Descrição para cegos: no lado direito da imagem, a silhueta de três homens sendo entrevistados por um jornalista. No lado esquerdo, a silhueta de uma mulher isolada do grupo. Folhas de jornais passam voando pela mulher. Acima das pessoas, um gráfico representando a minoria de mulheres.






O Grupo de Estudos em Gênero e Mídia da UFPB (GEM), formado por professores e alunos vinculados ao Departamento de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba, desenvolveu um projeto chamado Entreviste uma Mulher na Paraíba. O principal objetivo do estudo é reduzir a desigualdade de participação entre homens e mulheres como fonte para matérias jornalísticas. No site encontram-se análises em números reais da presença feminina nos veículos de comunicação da Paraíba. Saiba mais sobre o projeto clicando aqui. (Vandicleydson Araújo)

domingo, 2 de outubro de 2016

O brilhantismo matemático de Ada Lovelace

Descrição para cegos: pintura mostra o rosto jovem de
Ada Lovelace com cabelos ornamentados por uma
tiara de flores e um véu.
Por Laís Suassuna

Nascida Ada Augusta Byron na Inglaterra em 1815, filha de Annabella Byron e do poeta Lord Byron, a britânica comumente conhecida como Ada Lovelace, apesar de não ter seu nome constantemente evidenciado em livros ou pesquisas científicas, tornou-se, já no século XIX, a primeira pessoa a realizar programação para computador.
       Gozando uma infância com uma educação privilegiada, Ada demonstrou desde cedo o interesse por assuntos voltados à ciência e à matemática, revelando brilhante desempenho no campo de estudos logísticos.
        Sua principal conquista deu-se quando, influenciada pelos estudos do criador do inaugural computador programável, o matemático londrino Charles Babbage, Ada analisou e desenvolveu algoritmos sobre a máquina analítica de Babbage, resultando na criação do primeiro programa de computador da história.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Táxi Rosa oferece corridas com motoristas mulheres

Descrição para cegos: Uma flor desenhada
 na cor rosa com o nome Táxi Rosa acima.
Por Vandicleydson Araújo

Táxi Rosa é um serviço de transporte equipado com atendimento via aplicativo de celular que oferece à clientela feminina, a certeza de ser transportada por mulheres motoristas registradas e uniformizadas, e a segurança de que não existirá qualquer tipo de assédio ou constrangimento ao usar o serviço. O aplicativo já tem quase 100 motoristas registradas e cerca de 1.200 usuárias cadastradas.
As mulheres que fundaram o Táxi Rosa e tiveram a iniciativa da criação do aplicativo, são também motoristas da frota: Denise Azevedo, Dora Santos e Fátima Ramos. Graças a elas, o serviço ganhou notoriedade em proporção nacional e acadêmica. “Aqui no Rio, já fomos tema de prova de faculdade” informa Denise.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Por que a Lei Maria da Penha não é suficiente?

legenda para cegos
Descrição para cegos: foto em preto e branco de uma mulher sentada em uma calçada, de cabeça baixa, com os braços apoiados nos joelhos.
Por Luan Alexandre

Em agosto a Lei Maria da Penha completou dez anos de vigência. Com o intuito de diminuir a violência contra a mulher, ela garante punição ao indivíduo que pratica violência doméstica ou familiar, além de oferecer proteção às vítimas.
Nesses dez anos, observaram-se avanços em relação a alguns quesitos; vidas foram salvas, agressores punidos e projetos de educação social postos em prática. Apesar disso, ainda há muito no que avançar: no Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos e o parceiro, seja marido, namorado ou ex, é o responsável por mais de 80% dos casos reportados, segundo uma pesquisa do grupo Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado, de 2010.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Flor do deserto: a cruel tradição da mutilação genital feminina


Descrição para cegos: poster do filme traz uma foto de um rosto
feminino sendo parcialmente coberto por um tecido,
também contendo o nome "Flor do Deserto" em destaque.

































 Por Laís Suassuna 

        Lançado em 2010 e dirigido pela americana Sherry Hormann, o longa-metragem Flor do Deserto (Desert Flower, em inglês) conta a história real da modelo somali Waris Dirie, interpretada por Liya Kebede, que aos 12 anos fugiu de seu país natal procurando se livrar de um casamento arranjando, e em busca de melhores condições de vida.
 Narrando a trajetória de Waris desde o início de sua viagem conturbada pelo continente africano até sua chegada em Londres e ascensão como modelo, o filme aborda diversos temas sociopolíticos e culturais que afetam o cotidiano de mulheres em todo mundo, e principalmente na África.

domingo, 28 de agosto de 2016

Uma semana para discutir diversidade, gênero e sexualidade

Descrição para cegos: cartaz do evento que tem na parte superior faixa formada pelas cores do arco íris, que vai até a metade da esquerda e o restante por uma combinação da marca da luta feminista - que consiste no símbolo do gênero feminino com um punho fechado no meio – e quadrados com faixas horizontais azul/branca/azul. À esquerda vêm-se ainda os logos das entidades patrocinadoras e, em tamanho maior o símbolo da semana, uma flor multicolorida cujas pétalas podem ser vistas como desenhos estilizados de pessoas. À direita, o nome do evento e período de realização.
Por Vandicleydson Araújo

A 1ª Semana UFPB da Diversidade, Gênero e Sexualidade será aberta nesta segunda-feira, às 19 horas, no auditório 412 do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes na Universidade Federal da Paraíba e se estende até a sexta-feira com palestras, mesas-redondas, aulas públicas, performances artísticas e reuniões de grupos de trabalho sobre os temas políticas públicas, violência, saúde e educação. A primeira atividade será a palestra ministrada por Érica Capinan, Coordenadora de Educação para Diversidade da Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Seminário discutiu violência contra a mulher negra

Descrição para cegos: quatro integrantes do seminário sentadas à mesa do evento. Da esquerda para a direita: Priscila Estevão, Durvalina Rodrigues, Terlucia Silva e Roberta ischultis. 

Por Vandicleydson Araújo


       O seminário 10 anos da Lei Maria da Penha: interfaces entre o racismo e a violência doméstica foi realizado no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, na tarde da última sexta-feira. O evento foi promovido por uma série de entidades ligadas à luta das mulheres negras como a Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras e a Bamidelê - Organização de Mulheres Negras, coordenado por Tatyane Guimarães (Rede de Mulheres em Articulação na Paraíba) e Anadilza Maria Paiva (Cunhã – Coletivo Feminista). Em entrevista, Tatyane falou sobre os principais pontos do seminário:

terça-feira, 16 de agosto de 2016

A cultura do estupro ainda pulsa na academia

Descrição para cegos: foto de um cartaz onde originalmente está escrito "Melhor time do CCM" em letras menores e, no centro em letras maiores "DOPASMINA". Sobre esse letreiro, escrito com pincel atômico, lê-se "Respeita as mina!" e, como corrigindo o texto original, em vez do DOPA sugere JUNTA. Por fim, embaixo, acrescenta: "Juntas somos + fortes".

O Coletivo Nise da Silveira, formado por alunas dos cursos da área de saúde da Universidade Federal da Paraíba, divulgou terça-feira uma nota em repúdio à escolha do nome de um dos times formados por alunos do curso de Medicina da instituição. A nota denuncia o trocadilho envolvido na palavra “Dopasmina”, que é originalmente o nome de um neurotransmissor produzido pelo cérebro, mas usado também para denominar festas em que as mulheres (minas) são dopadas e abusadas sexualmente. A nota ganhou o apoio de várias outras entidades, como se pode conferir abaixo.

Nota de repúdio ao termo "Dopasmina" escolhido pela Turma 99 do Curso de Medicina da UFPB como seu nome de time


     

segunda-feira, 27 de junho de 2016

É preciso entender a cultura do estupro

Descrição para cegos: foto mostra a professora Michelle Agnoleti no estúdio, durante a entrevista

No dia 22 de maio, ocorreu um estupro coletivo na cidade do Rio de Janeiro com uma adolescente de 16 anos. A jovem foi violentada por 33 homens e ainda teve imagens de seu corpo divulgadas nas redes sociais. Quando a população tomou conhecimento do fato, o termo Cultura do Estupro começou a ser reproduzido pelas pessoas e, principalmente, pelo movimento feminista, que atribuiu o caso a essa realidade cultural. Para falar sobre esse tema, as repórteres Shirlayne Mayara e Ramila Ramalho convidaram os professores e pesquisadores gênero Adriano Leon e Michelle Agnoleti para um painel no programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábados, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz). Ouça o painel em dois blocos (Gabriela Figueirôa).

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Marcha das Vadias: como surgiu?

Descrição para cegos: foto mostra manifestação da Marcha das Vadias. Em primeiro plano aparece uma mulher de sutiã preto e saia curta vermelha com listas coloridas. Ela tem algumas frases escritas pelo corpo e levanta um cartaz onde está escrito "Minhas roupas não definem meu caráter!"
A Marcha das Vadias é uma manifestação popular composta por feministas e simpatizantes da causa que vão às ruas lutar pela igualdade de gêneros e defender o direito da mulher de ser livre. Mas como surgiu o movimento? Por que “Vadias” no nome? O blog da Marcha das Vadias de Curitiba fez um artigo explicando essas questões. Confira aqui. (Vítor Nery)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Elas amadurecem mais rápido?


Descrição para cegos:  foto mostra uma mulher de cabelo amarrado e um homem
olhando um para o outro, ambos de perfil.

Por Vítor Nery


Especialistas da Newcastle University estudaram 121 pessoas com idades entre 4 e 40 anos para analisar o amadurecimento do cérebro. Os resultados mostraram que aos 10 anos de idade, as mulheres já iniciavam a redução de conexões cerebrais, estimulando o órgão a trabalhar de forma mais fácil, rápida e eficiente. Nos homens, o mesmo processo só acontece aos 20 anos. Então, de maneira geral, sim, as mulheres amadurecem mais rápido. Mas há outro fator importantíssimo, além do biológico, que o senso comum ignora para isentar o homem de suas responsabilidades coletivas: a construção social.
Na infância, meninas ganham bonecas (bebês), forninhos, brincam de casinha, têm de se portar “direito” e não falar palavrões - são as primeiras ligações à maternidade e ao espaço doméstico. Enquanto isso, meninos ganham bonecos (heróis), carrinhos, e podem se comportar do jeito que quiserem.


terça-feira, 7 de junho de 2016

O Mada e o apoio a mulheres em relacionamento conflituoso


Descrição para cegos: foto mostra Maria das Neves Andrade, fundadora e coordenadora do grupo de ajuda mútua Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA).


O grupo de ajuda mútua Mulheres que Amam Demais Anônimas funciona à maneira dos Alcoólicos Anônimos, com reuniões semanais de apoio e aconselhamento. Esse tipo de terapia já chegou a João Pessoa e foi tema da entrevista do Espaço Experimental, que reuniu a psicóloga, psicoterapeuta e voluntária do Mada, Lindinalva Ramalho, e Maria das Neves Andrade, fundadora e coordenadora do grupo local. Ouça a entrevista que fiz para o programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábado, às 9h, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz). (Gabriela Figueirôa)

domingo, 5 de junho de 2016

Manual orienta abordagens jornalísticas sobre gênero


Descrição para cegos: imagem mostra banner virtual com a logomarca da ONG Think Olga que se constitui do nome Olga rodeado por riscos acompanhado do escrito "Minimanual do jornalismo humanizado".

Em 30 de maio, a ONG Think Olga disponibilizou um minimanual online, destinado a jornalistas e veículos de comunicação, compilando uma série de regras para evitar erros clássicos na abordagem de pautas relativas às mulheres. Os exemplos práticos trazidos na publicação estão dispostos em quatro seções: Violência contra a mulher, Racismo, Transfobia e Estereótipos Nocivos. Confira o manual aqui. (Vítor Nery)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Quando o casamento é sinônimo de obrigação


Descrição para cegos: Foto mostra um casal de noivos de mãos dadas vestidos em roupas tradicionais para casamentos, onde a noiva segura um buquê, e ambos os rostos não são revelados na imagem.

Um vídeo produzido pela marca de cosméticos SK-II trata do problema social em que mulheres chinesas, acima dos 25 anos que não casaram, passam no âmbito social e familiar. Elas são chamadas de “sheng nu” - na tradução significa mulheres que sobram- e são muito pressionadas pela família e pelo estado, simplesmente porque não se casaram. Ao assistir ao vídeo, a escritora Mari, do site Lugar de Mulher, percebeu uma semelhança entre as “sheng nu” e as “brasileiras encalhadas” e escreveu um artigo chamando a atenção para um problema cultural em que as mulheres só serão realizadas depois do casamento. Leia o artigo aqui. (Gabriela Figueirôa)

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Lei 'antibaixaria' e a violência de gênero no funk


Descrição para cegos: Foto exibe conjunto de pessoas, com o foco em três mulheres dançando, localizado em uma casa de festas noturna, sendo iluminados por um jogo de luz.

Por Vítor Nery

No início de maio, a prefeitura de Goiânia-GO sancionou uma lei que proíbe o uso de dinheiro público para a contratação de artistas que em suas músicas desvalorizem ou incentivem a violência contra mulheres, homossexuais e afrodescendentes, expondo-os a situação de constrangimento. Medida aplicada primeiramente na Bahia, após o Carnaval 2011, foi adotada na Paraíba em 2013.
O assunto traz à tona a violência de gênero na música. Um dos estilos onde isso ocorre com mais frequência é o funk. Mas por que, ao invés de falarmos sobre isso, acabamos por difundir – no piloto automático – os sons da indústria do estilo Proibidão por sua bizarrice e poder de “chiclete”? Quais são as consequências de se replicar um discurso que menospreza e banaliza a mulher, a exemplo do hit “Baile de Favela”, de MC João?

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Futebol é lugar da jornalista mulher?


Descrição para cegos: Foto exibe uma mulher de cabelos longos preso em "rabo de cavalo", assistindo à uma partida de futebol.

Por Gabriela Figueirôa

        Não tem como fugir dessa regra: se você é mulher e diz que gosta de futebol, provavelmente não vão te levar a sério. A situação fica ainda mais complicada para aquelas mulheres que invadem uma profissão dita masculina. As jornalistas esportivas sofrem diariamente com o machismo que impera no futebol, que vão desde flertes básicos até xingamentos, ameaças verbais e questionamentos diários do seu trabalho.

        A história que futebol é coisa de homem, infelizmente, ainda é uma ideia que predomina em nossa sociedade. Mulheres que se declaram amantes do esporte sofrem constantes preconceitos e questionamentos, daqueles que se acham os únicos donos dessa paixão nacional. 

sábado, 28 de maio de 2016

Nosso corpo nos pertence?


Descrição para cegos: imagem apresenta um printscreen de um vídeo do site Youtube,  do canal da Special K Canada, com mais cinco milhões de visualizações, uma mulher na academia é exibida ao lado de uma estatística que revela , traduzido do inglês, que 97% das mulheres tem um momento ''eu odeio o meu corpo''.

Cerca de 97% das mulheres odeiam os seus corpos em algum momento da vida. É essa a primeira informação do vídeo motivacional produzido pela marca de cereais Special K, dos Estados Unidos, e traduzido pelo grupo de ativismo feminista Empodere Duas Mulheres. O vídeo incentiva mulheres a amarem as suas próprias curvas – ou a ausência delas. Da mesma forma que precisamos amar nossos traços perfeitos, temos que amar também cada detalhe das nossas imperfeições. O vídeo nos convida a aceitarmos nossa imperfeita perfeição. O questionamento, portanto, é imediato: nosso corpo nos pertence? Ou ele é um simples produto da mídia? Não é fácil encarar o espelho todos os dias, mas ele pode refletir a força que adquirimos todos os dias ao enfrentar situações vexatórias. O corpo é meu!(Dani Fechine)

Veja o vídeo:

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Feminismo e interseccionalidade


Descrição para cegos: Imagem exibe um desenho de metade
 de um rosto de uma mulher de olhos fechados
 e com cabelo black power.
Por Vítor Nery

      Como causa social, o Feminismo se destrincha em várias vertentes, dentre elas as interseccionais. Kimberlé Crenshaw, estudiosa do assunto, definiu este conceito como “a visão de que as mulheres experimentam a opressão em configurações variadas e em diferentes graus de intensidade”.

Uma mulher branca, heterossexual e de classe média, por exemplo, sofre muito menos que uma negra e pobre, que, não bastasse o machismo, ainda lida com o preconceito de raça e classe social. A vertente interseccional que concilia a luta da mulher com a causa negra é o feminismo negro.

terça-feira, 24 de maio de 2016

O empoderamento também é pauta entre as índias


Descrição para cegos: foto mostra jovem mulher de cabelo solto e pinturas corporais vestindo trajes e adornos indígenas.

Um documentário dirigido por Glicéria Tupinambá e Cristiane Pankararu traz diversos depoimentos de mulheres indígenas sobre as dificuldades que elas têm de participar ativamente na luta pela igualdade de gênero e na conquista por um espaço na política. Intitulado Voz das Mulheres Indígenas, o documentário tem a participação de índias da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas, que relatam a discriminação, o machismo e o preconceito que enfrentam diariamente dentro e fora da comunidade. Além disso, retrata o orgulho que sentem de ser uma mulher empoderada. O documentário é um simples olhar sobre essas mulheres que tantas vezes foram marginalizadas pela sociedade. Confira aqui. (Gabriela Figueirôa)

sábado, 21 de maio de 2016

Alunas da USP denunciam machismo na Psicologia



Descrição para cegos: imagem apresenta a hashtag "ele vai ser psicólogo" seguido pela frase "e tira sarro de mulheres que militam e fazem política". Logo abaixo há escrito Coletivo Aurora Furtado, acompanhado pela logomarca do mesmo.

As estudantes de Psicologia da USP lançaram, por meio do Coletivo Feminista Aurora Furtado, a iniciativa-denúncia "#elejáépsicólogo #elevaiserpsicólogo" no dia 11 de maio. Inspiradas em outras campanhas como "#MeuQueridoProfessor", as alunas fizeram várias publicações no Facebook do Coletivo descrevendo atitudes machistas de colegas de curso ou psicólogos já formados, que na contramão do ofício, aumentam ou promovem o sofrimento psíquico de muitas mulheres. Confira a ação aqui. (Vítor Nery)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Por que os homens também precisam do feminismo?



Descrição para cegos: foto mostra várias pessoas em um local
 ao ar livre, com os braços levantados e de punhos cerrados.

Por Vítor Nery

Miscigenado, efervescente e diverso, o Brasil carrega um legado de transgressão de normas e padrões de comportamento, impulsionando diversos movimentos sociais nos últimos anos. Proporcionalmente, no entanto, uma forte onda reacionária vem ameaçando as conquistas sociais das minorias. No tocante às questões de gênero, a reação vem, em grande parte, de homens desacreditados, afirmando que o feminismo prega uma suposta supremacia das mulheres. Contudo, o empoderamento feminino é, na verdade, a melhor solução para que todos sejamos tratados de forma igualitária – inclusive, os homens.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Representatividade feminina nas prefeituras da Paraíba é tema de pesquisa


Descrição para cegos: imagem mostra uma mão com as unhas pintadas segurando uma caneta, em um papel escrito "eleição" e "vote", que está marcando um "X" em um desenho de um quadrado, localizado ao lado de um caricatura feminina, abaixo de outra caricatura, sendo esta representando a figura de um homem, seguida por outro quadrado vazio.

A professora Glória Rabay, do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação Sobre Mulher e a Relações de Sexo e Gênero da UFPB – Nipam, desenvolveu o estudo para analisar o perfil político partidário das prefeitas na Paraíba, de 2009 a 2016. Com uma representação de 20% nas prefeituras dos municípios paraibanos, o preconceito é um dos obstáculos que essas mulheres têm que enfrentar. Porém, as dificuldades encaradas no cenário político tendem a contribuir e incentivar o surgimento de novas protagonistas no poder público. Ouça a reportagem que produzi para o programa Espaço Experimental. Além de Glória Rabay, entrevistei a deputada estadual Estela Bezerra (PSB) e o sociólogo Flávio Lúcio Vieira. O Espaço Experimental vai ao ar todos os sábado, às 9h, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz).(Dani Fechine)

sábado, 14 de maio de 2016

Mulher na política, só se for à primeira-dama.


Descrição para cegos: Foto exibe homens sentados reunidos no Salão Oval,
bem iluminado, todos vestidos de trajes formais.

Por Gabriela Figueirôa

A posse do segundo mandato da presidenta Dilma Rousself foi emblemática. Ela apontava que o protagonismo na política também pertencia a nós mulheres. Em um carro aberto, Dilma, acompanhada da sua filha Paula, desfilaram sozinhas na Esplanada dos Ministérios. Não se viu ternos, gravatas e cabelos brancos, era a vez delas. Mas o que parecia ser um momento de protagonismo feminino, na última quinta feira, 12, se consolidou com uma nova cara. A misoginia se instaura definitivamente na política brasileira. A mulher, que antes estava na linha de frente, hoje se restringe apenas à posição de bela, recatada e do lar.
Dilma Rousself não é mais a chefe da nossa nação. Ela se foi e hoje é apenas uma presidenta afastada. No entanto, o afastamento não se restringiu apenas a ela. Os homens decidiram que o espaço na política volta a ser de exclusividade deles. Saímos juntas com a presidenta eleita. Nenhuma mulher foi nomeada ministra no novo governo do presidente interino, Michel Temer, e isso não acontecia desde a ditadura militar, com Ernesto Geisel (1974-1979)