segunda-feira, 27 de junho de 2016

É preciso entender a cultura do estupro

Descrição para cegos: foto mostra a professora Michelle Agnoleti no estúdio, durante a entrevista

No dia 22 de maio, ocorreu um estupro coletivo na cidade do Rio de Janeiro com uma adolescente de 16 anos. A jovem foi violentada por 33 homens e ainda teve imagens de seu corpo divulgadas nas redes sociais. Quando a população tomou conhecimento do fato, o termo Cultura do Estupro começou a ser reproduzido pelas pessoas e, principalmente, pelo movimento feminista, que atribuiu o caso a essa realidade cultural. Para falar sobre esse tema, as repórteres Shirlayne Mayara e Ramila Ramalho convidaram os professores e pesquisadores gênero Adriano Leon e Michelle Agnoleti para um painel no programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábados, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz). Ouça o painel em dois blocos (Gabriela Figueirôa).

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Marcha das Vadias: como surgiu?

Descrição para cegos: foto mostra manifestação da Marcha das Vadias. Em primeiro plano aparece uma mulher de sutiã preto e saia curta vermelha com listas coloridas. Ela tem algumas frases escritas pelo corpo e levanta um cartaz onde está escrito "Minhas roupas não definem meu caráter!"
A Marcha das Vadias é uma manifestação popular composta por feministas e simpatizantes da causa que vão às ruas lutar pela igualdade de gêneros e defender o direito da mulher de ser livre. Mas como surgiu o movimento? Por que “Vadias” no nome? O blog da Marcha das Vadias de Curitiba fez um artigo explicando essas questões. Confira aqui. (Vítor Nery)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Elas amadurecem mais rápido?


Descrição para cegos:  foto mostra uma mulher de cabelo amarrado e um homem
olhando um para o outro, ambos de perfil.

Por Vítor Nery


Especialistas da Newcastle University estudaram 121 pessoas com idades entre 4 e 40 anos para analisar o amadurecimento do cérebro. Os resultados mostraram que aos 10 anos de idade, as mulheres já iniciavam a redução de conexões cerebrais, estimulando o órgão a trabalhar de forma mais fácil, rápida e eficiente. Nos homens, o mesmo processo só acontece aos 20 anos. Então, de maneira geral, sim, as mulheres amadurecem mais rápido. Mas há outro fator importantíssimo, além do biológico, que o senso comum ignora para isentar o homem de suas responsabilidades coletivas: a construção social.
Na infância, meninas ganham bonecas (bebês), forninhos, brincam de casinha, têm de se portar “direito” e não falar palavrões - são as primeiras ligações à maternidade e ao espaço doméstico. Enquanto isso, meninos ganham bonecos (heróis), carrinhos, e podem se comportar do jeito que quiserem.


terça-feira, 7 de junho de 2016

O Mada e o apoio a mulheres em relacionamento conflituoso


Descrição para cegos: foto mostra Maria das Neves Andrade, fundadora e coordenadora do grupo de ajuda mútua Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA).


O grupo de ajuda mútua Mulheres que Amam Demais Anônimas funciona à maneira dos Alcoólicos Anônimos, com reuniões semanais de apoio e aconselhamento. Esse tipo de terapia já chegou a João Pessoa e foi tema da entrevista do Espaço Experimental, que reuniu a psicóloga, psicoterapeuta e voluntária do Mada, Lindinalva Ramalho, e Maria das Neves Andrade, fundadora e coordenadora do grupo local. Ouça a entrevista que fiz para o programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábado, às 9h, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz). (Gabriela Figueirôa)

domingo, 5 de junho de 2016

Manual orienta abordagens jornalísticas sobre gênero


Descrição para cegos: imagem mostra banner virtual com a logomarca da ONG Think Olga que se constitui do nome Olga rodeado por riscos acompanhado do escrito "Minimanual do jornalismo humanizado".

Em 30 de maio, a ONG Think Olga disponibilizou um minimanual online, destinado a jornalistas e veículos de comunicação, compilando uma série de regras para evitar erros clássicos na abordagem de pautas relativas às mulheres. Os exemplos práticos trazidos na publicação estão dispostos em quatro seções: Violência contra a mulher, Racismo, Transfobia e Estereótipos Nocivos. Confira o manual aqui. (Vítor Nery)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Quando o casamento é sinônimo de obrigação


Descrição para cegos: Foto mostra um casal de noivos de mãos dadas vestidos em roupas tradicionais para casamentos, onde a noiva segura um buquê, e ambos os rostos não são revelados na imagem.

Um vídeo produzido pela marca de cosméticos SK-II trata do problema social em que mulheres chinesas, acima dos 25 anos que não casaram, passam no âmbito social e familiar. Elas são chamadas de “sheng nu” - na tradução significa mulheres que sobram- e são muito pressionadas pela família e pelo estado, simplesmente porque não se casaram. Ao assistir ao vídeo, a escritora Mari, do site Lugar de Mulher, percebeu uma semelhança entre as “sheng nu” e as “brasileiras encalhadas” e escreveu um artigo chamando a atenção para um problema cultural em que as mulheres só serão realizadas depois do casamento. Leia o artigo aqui. (Gabriela Figueirôa)

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Lei 'antibaixaria' e a violência de gênero no funk


Descrição para cegos: Foto exibe conjunto de pessoas, com o foco em três mulheres dançando, localizado em uma casa de festas noturna, sendo iluminados por um jogo de luz.

Por Vítor Nery

No início de maio, a prefeitura de Goiânia-GO sancionou uma lei que proíbe o uso de dinheiro público para a contratação de artistas que em suas músicas desvalorizem ou incentivem a violência contra mulheres, homossexuais e afrodescendentes, expondo-os a situação de constrangimento. Medida aplicada primeiramente na Bahia, após o Carnaval 2011, foi adotada na Paraíba em 2013.
O assunto traz à tona a violência de gênero na música. Um dos estilos onde isso ocorre com mais frequência é o funk. Mas por que, ao invés de falarmos sobre isso, acabamos por difundir – no piloto automático – os sons da indústria do estilo Proibidão por sua bizarrice e poder de “chiclete”? Quais são as consequências de se replicar um discurso que menospreza e banaliza a mulher, a exemplo do hit “Baile de Favela”, de MC João?