quinta-feira, 31 de março de 2016

A culpa não é minha

Descrição para cegos: foto traz um homem tapando agressivamente
 a boca de uma jovem mulher que demonstra um olhar de medo.

A violência doméstica contra a mulher resulta em danos físicos e psicológicos. Eles são abordados no artigo da escritora Jarid Arraes, que chama a atenção para a forma como as pessoas avaliam o processo de afastamento da vítima do agressor, como se fosse fácil dar fim a um relacionamento abusivo, principalmente quando uma sociedade machista ensina as mulheres a tolerar comportamentos agressivos dos seus parceiros. No artigo abaixo, Jarid aborda também os motivos que levam as vítimas a continuarem com seus companheiros. (Gabriela Figueirôa)

segunda-feira, 28 de março de 2016

AzMina são todas elas


Descrição para cegos: imagem exibe a frase "Não me dou o 'respeito'
porque ele já é meu por direito" onde logo abaixo estão
 cinco mulheres maquiadas e usando lingeries.

Criada pela jornalista Nana Queiroz, a revista AzMina
 surgiu no ano passado e é uma publicação digital independente com o objetivo de contribuir para a redução das desigualdades de gênero no Brasil. Em 2015, a equipe oficializou as atividades com a criação da Associação AzMina de Jornalismo Investigativo, Cultural e Empoderamento Feminino. É uma revista plural em que as mulheres podem se enxergar e encontrar informações que as libertem da violência do machismo.A revista AzMina nasceu com o objetivo de apresentar temas esquecidos pela imprensa brasileira, como a falta de representatividade política da mulher e a violência doméstica. Além disso, estimula um marketing mais respeitoso e empoderador, trazendo um novo conceito de publicidade, editoriais de moda e autonomia. Para conhecer a revista, clique aqui. (Dani Fechine)

domingo, 20 de março de 2016

Pai, você também é mãe!

Descrição para cegos: desenho traz  homem com uma interrogação
localiza acima de sua cabeça e uma expressão de surpresa ao
abraçar uma menina.
Por Dani Fechine

Mês passado recebi na redação uma pauta sobre gravidez na adolescência. Um dos caminhos era conversar com jovens sobre o assunto, saber o que pensam, o que debatem e como se comportam diante disso. É esse um dos melhores momentos de ser jornalista: conversar, ouvir os outros. E é esse também o pior momento de reconhecer no outro a sociedade machista na qual ainda estamos inseridas.
Durante as entrevistas com os alunos de uma escola da capital, não precisou muito tempo para ouvir julgamentos das mães adolescentes. Avaliações, inclusive, arraigadas numa sociedade machista. Parece-me que os paradigmas criaram raízes. “ELAS não têm a consciência de que ELAS geraram aquilo, ELAS têm que ter a responsabilidade sobre aquilo”, disse um dos estudantes, enfatizando a palavra “elas” da mesma forma que acabo de destacar.

terça-feira, 15 de março de 2016

Uma língua pode ser machista?


Descrição para cegos: imagem traz várias letras "A", "B" e "C" coloridas
embaralhadas, escritas em papéis brancos.

A revista independente Geni, através de um artigo, fez uma análise de diferentes códigos linguísticos e analogias com o português brasileiro para avaliar a possibilidade deste ramo da língua ser ou não machista. A autora do texto também reflete sobre nossa preocupação com a inclusão de gêneros na língua, alertando que devemos nos preocupar principalmente com sua aplicação, além de sua estrutura. Leia o artigo aqui (Vítor Nery).

Lei Maria da Penha completa 10 anos em agosto


Descrição para cegos: foto mostra Thathyane Guimarães e Eveline Neri sentadas
e próximas a dois microfones.

No dia 7 de agosto de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma lei que punia de forma rigorosa as agressões contra a mulher. A lei 11.340 foi criada para reprimir a violência doméstica e este ano completa 10 anos. É conhecida popularmente por Lei Maria da Penha, em homenagem a biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de violência doméstica durante 23 anos, incluindo duas tentativas de homicídio pelo marido.
 Para falar sobre os 10 anos da Lei Maria da Penha, as repórteres Elisa Damante, Ivone Cavalcante e Joana Rosa convidaram a professora Eveline Neri, coordenadora do Grupo de Trabalho Violência de Gênero da UFPB, e Thathyane Guimarães, integrante do Observatório da Lei Maria da Penha, para uma entrevista ao programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábados na rádio Tabajara AM (1.110 kHz). Ouça a entrevista em dois blocos (Gabriela Figueirôa).

quarta-feira, 9 de março de 2016

Um dia a menos ou um dia a mais?


Descrição para cegos: imagem exibe mulher sentada no chão usando um vestido,
 com o cabelo bagunçado, as pernas e rosto com maquiagem que simula hematomas.

Por Dani Fechine


Chegou ao fim. O 8 de março acabou e, mais uma vez, fomos esquecidas também. O Dia Internacional da Mulher se despediu da memória, da luta e da coragem. A partir de hoje irão se lembrar de nós como donas de casa, como mulheres delicadas, indefesas e incapazes.
O dia da mulher chegou ao fim e nossas redes sociais estiveram recheadas de mensagens com rosas e palavras bonitas que enaltecem a nossa falsa pequenez. Vinte e quatro horas de uma lembrança que, sinceramente, a gente não conhece. Marcada por luta, morte e sofrimento, o dia 8 de março não é comemoração.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Futebol também é papo de mulher


Descrição para cegos: foto traz uma mulher com trajes
indígenas, olhando para uma bola equilibrada no seu joelho.
Certa vez, num ambiente de aprendizagem e discutindo futebol, as mulheres do local em que eu estava foram surpreendidas com a seguinte indagação, após uma completa explicação sobre a regra do impedimento: entenderam, meninas? O local estava repleto de rapazes também, mas os olhares se voltaram todos para nós. Mais humilhante foi acompanhar as gargalhadas.
É irrefutável o machismo dentro do futebol. Não só na questão teórica, de entendimento do esporte, mas também da vulgaridade imposta a nós. Somos musas, somos a mãe do juiz que roubou para o time adversário, somos o jogador que foi fraco demais ao chutar a bola, somos aquelas que não sabem exatamente que time está jogando.

A seção Ativismo de Sofá, do Portal Fórum, trouxe uma série de propostas para cair por terra com o preconceito de gênero perpetuado no futebol. “O que precisamos fazer para que o futebol deixe de ser esse ambiente que exalta o machismo? Quais mudanças precisamos buscar?” Para ler o artigo, clique aqui. (Dani Fechine)