quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

III Colóquio de Diversidade de Gênero - com a professora Yara Maria Pereira Gurgel


Descrição para cegos: foto exibe a professora Yara Maria Pereira Gurgel,
com uma câmera a filmando e sua imagem aparecendo no visor.

O III Colóquio de Diversidade de Gênero da disciplina Jornalismo e Cidadania foi realizado no dia 13 de maio, com a professora Yara Maria Pereira Gurgel. Doutora pela PUC, Yara é professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte onde desempenha atividades na graduação e na pós-graduação, com ênfase em Direitos Humanos, Direito Constitucional e Direito do Trabalho. A organização do colóquio foi de Camila Albuquerque, Carina Pontes, Enezita Guilherme e Tereza Figueiredo. 

domingo, 12 de julho de 2015

Liberdade de expressão é outra coisa...


Descrição para cegos: foto mostra duas imagens desfocadas de dois carros
 portando adesivos impróprios de uma montagem da imagem da Presidenta Dilma Rousseff.

Por Tereza Figueiredo

Que a presidenta Dilma não está agradando, não é nenhuma novidade. Desde o início de seu segundo mandato houve aumento nas contas de energia, de água, escândalo na Petrobrás e consequente aumento de combustível, redução significativa no número de estudantes beneficiados pelo Fies, dentre outros eventos que pesaram no bolso da população brasileira. Como resposta, ocorreram os mais diversos tipos de manifestação – houve quem clamasse por novas eleições, impeachment, intervenção militar...-, mas é através das redes sociais que o descontentamento tem preponderado.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A morte do Ken Humano e a ditadura da beleza no universo masculino


Descrição para cegos: selfie no espelho de Celso Santebañes
segurando um boneco Ken e olhando para si mesmo.

Por Tereza Figueiredo


Embora muitos acreditem que a ditadura da beleza é assunto ultrapassado, restrito apenas ao universo feminino, e que há uma maior tolerância para os mais diferentes biotipos na atualidade, episódios como o falecimento de Celso Santebañes na semana passada, o Ken humano brasileiro, mostram que essa discussão é mais do que atual.
           Celso Santebañes morreu aos 20 anos, em decorrência de leucemia, doença que descobrira recentemente ao realizar exames para investigar reações a aplicações de hidrogel em seus músculos. Entretanto, o mais triste é saber que o jovem, que se submeteu a diversas intervenções cirúrgicas ao longo da curta vida para se parecer com o boneco Ken, estava tão preocupado em atingir um padrão surreal de beleza que esqueceu, e muitas vezes colocou em risco, a própria saúde.
Infelizmente casos como o de Celso Santebañes não são exceção, mas se tornam cada vez mais frequentes, e nos alertam de que não apenas a mulher sofre a pressão da mídia para ser perfeita em padrões surreais, mas também o gênero masculino, colocado muitas vezes como opressor, é vítima da ditadura da beleza, cada vez mais bizarra e inatingível, além de perigosa ao bem-estar físico e psicológico e desafiadora da própria natureza humana.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Pela liberdade de ser mulher em público


Descrição para cegos: imagem foca numa  parte de uma calça parcialmente molhada. 
Tereza Figueiredo

Uma mulher deve poder circular livremente, sem que seja assediada, independentemente dos trajes que vista. Infelizmente, esta realidade ainda parece estar distante em nosso país e um exemplo disto é o que ocorreu há algumas semanas, quando uma jornalista, ao descer do metrô, notou sua calça molhada de ejaculação de outro passageiro. 

sábado, 30 de maio de 2015

Made in China: porque não assistir


Descrição para cegos: poster do filme "Made In China" que exibe o nome e imagem dos atores principais,
 o nome do filme, colagens da estátua do Cristo Redentor, de um Dragão Chinês ornamentado com flores e a bandeira do Brasil, mostrando a atriz Regina Cazé sorrindo aparecendo na frente de uma loja
.


Por Tereza Figueiredo

Made in China, filme que estreou ano passado e traz Regina Casé como protagonista, realmente faz jus ao seu título. No enredo, a atriz interpreta o papel de Francis, uma vendedora de uma loja no Saara, Rio de Janeiro, que tenta ajudar seu patrão a aumentar as vendas para que não tenha que fechar o estabelecimento. Entretanto, a loja em frente, a qual pertence a um casal de chineses, tem preços imbatíveis e Francis decide investigar de onde a mercadoria da concorrência vem para poder salvar a loja na qual trabalha.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Por que Thammy Miranda incomoda tanto?


Descrição para cegos: montagem de duas fotos da atriz Thammy Miranda, a primeira Thammy aparece
de blusa social e cabelos curtos, e a segunda com cabelos longos "top" e calça de couro, em ambas a atriz
olha para a câmera.

Tereza Figueiredo

Thammy Miranda, filha da cantora e dancarina Gretchen, ganhou os holofotes quando decidiu assumir que era lésbica. Além disso, cortou os longos cabelos, abriu mão de seguir os passos da mãe e adotou um visual masculino.
Muitos alegam que essa mudança de comportamento teve como principal objetivo atrair a atenção da mídia. Entretanto, Thammy parece estar bastante segura de sua orientação sexual, bem como opta, cada vez mais, por alternativas que reforcem seu novo visual masculino, tomando hormônios, removendo os seios e declarando que não deseja gerar filhos. A cada nova mudança, uma chuva de críticas recai sobre ela.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Os bacha posh e a transexualidade no Afeganistão

Descrição para cegos: Capa do livro As
meninas proibidas de Cabul. Que mostra
duas crianças, um menino e uma menina
num terreno de areia e barro. Ao lado delas
um muro alto também feito de areia e barro.
Logo abaixo delas, um desenho da silhueta
da cidade de Cabul.
Por Tereza Figueiredo

Não é novidade a opressão sofrida pela mulher na cultura islâmica. No Afeganistão, país onde o islamismo aplica seus ensinamentos tanto na esfera privada quanto na esfera pública, algumas famílias vestem suas meninas durante a infância com trajes de meninos para que estas possam desenvolver atividades exclusivas do sexo masculino, a exemplo de frequentar a escola com regularidade e transitar desacompanhadas livremente.
Assim, meninas desde os primeiros anos de vida são tratadas, vestidas e educadas como homens e assumem também este papel nos espaços públicos, de modo que nem mesmo seus grupos de amigos suspeitam do seu verdadeiro sexo biológico. Caso este seja descoberto, age-se naturalmente e a menina continua a ser tratada como um garoto.
Fenômeno parecido com o que acontece em uma pequena parte da Albânia, com a tradição das virgens juramentadas, os bacha posh, indivíduos considerados como de um terceiro gênero, têm um destino mais triste: enquanto que a virgem juramentada pode permanecer no papel masculino durante toda a vida se assim desejar, no Afeganistão os bacha posh, ao atingir a puberdade, são forçados a reassumir a identidade feminina.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Igreja que interpreta Bíblia à luz dos direitos humanos realiza casamento comunitário gay na Paraíba

Descrição para cegos: Vários casais homoafetivos em abraço coletivo
dentro da igreja da comunidade metropolitana. Ao fundo cartazes com
a sigla ICM que consiste no nome da igreja.

Por Tereza Figueiredo

O mês de maio, conhecido como “mês das noivas”, é marcado pelo grande número de celebração de matrimônios. Em João Pessoa, maio será palco de um casamento comunitário não usual: as pessoas que se casarão são do mesmo sexo.
O matrimônio coletivo, previsto para o dia 29, será realizado na Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM), pelo pastor Clísten Corgellys e pelo reverendo Igor Simões, e contará com a presença de um tabelião, para que as uniões, além dos efeitos religiosos, também gerem efeitos legais.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

“Desconstruindo Eva”: a real beleza feminina

Descrição para cegos: Silhueta de uma pessoa sentada. Dentro do
formato da silhueta tem escrito desconstruindo eva. Logo dos dois
lados da silhueta tem a marca da energiza e dados sobre a data
do evento.

Por Tereza Figueiredo

A fotógrafa Nih Fernandes realizará, em João Pessoa, uma exposição sobre a diversidade da beleza feminina, abordando as suas mais distintas faces.
A exposição, que é parte do projeto “Desconstruindo Eva”, ocorrerá de amanhã (2 de maio) até 2 de junho, na Usina Cultural Energisa, e tem como objetivo questionar os padrões de beleza impostos ao sexo feminino a partir de fotografias dos mais diversos tipos de mulheres.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

As virgens juramentadas da Albânia

Descrição para cegos: Imagem divida em três fotos. Na primeira
imagem à esquerda, a mulher kanun posa para foto em um campo aberto
apoiada numa bengala enquanto segura um cigarro. Já no lado direito
ela está em dentro de uma sala de estar falando com alguém, pode-se notar
móveis, almofadas e quadros ao fundo. Logo abaixo ainda no lado direito,
ela está de costas para uma parede olhando para o horizonte.

Por Tereza Figueiredo

Durante mais de cinco séculos, o Kanun foi passado verbalmente no norte da Albânia. Dentre os ensinamentos desse código de conduta merece destaque a tradição das virgens juramentadas, na qual meninas se consagram e abrem mão de uma vida sexual ativa e de sua feminilidade – ou qualquer vestígio que as identifique como mulheres - para assumir um papel masculino para o resto da vida.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Por que as mulheres se aposentam mais cedo?

Descrição para cegos: Uma carteira de trabalho e previdência social
numa superfície totalmente branca.

Por Tereza Figueiredo

O artigo 201, § 7º, incisos I e II, da Constituição Federal dispõe que, dentre outros requisitos para a concessão da aposentadoria, é necessário que se tenha 35 anos de contribuição e 65 anos de idade, se homem, e 30 de contribuição e 60 de idade, se mulher.
Com as reformas previdenciárias sofridas no início deste ano, a exemplo das modificações no período aquisitivo para a concessão de seguro-desemprego, especula-se acerca de uma possível substituição do fator previdenciário. Assim, surge o questionamento: será que, com a possível troca do fator previdenciário por outro mecanismo, permanecerá a diferença quanto à idade e ao tempo de contribuição para homens e mulheres? A provável resposta é que sim.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Precisamos falar sobre o aborto

Descrição para cegos:Jean Wyllys e sua base aliada em abraçado coletivo
dentro do seu próprio gabinete. No fundo a bandeira do Brasil, uma estante
um mapa e uma pintura em tela.

Por Camila Albuquerque

“Precisamos tornar essa pauta uma política pública, independente de ser contra ou a favor da interrupção voluntária da gravidez indesejada", anunciou o deputado federal Jean Wyllys em sua conta no microblogTwitter, no dia 24 de março, ao apresentar o projeto de lei que estabelece a política pública para saúde sexual e regulamenta a interrupção da gravidez indesejada – este último, o polêmico aborto.
O projeto, chamado de PL 882/15, prevê a legalização do aborto até 12 semanas de gestação no Sistema Único de Saúde (SUS), se a mulher assim o quiser, e também prevê que o Ministério da Educação invista em medidas para educação sexual e reprodutiva, inclusive levando para a escola conversas sobre a prevenção de gravidez não desejada. O texto frisa ainda a promoção de “uma visão da sexualidade baseada na igualdade, com prevenção à violência de gênero”.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Centenário de Ana Montenegro

Descrição para cegos: Imagem da Ana Montenegro em preto e branco.
Ao lado de Ana Montenegro há escrito a data de nascimento e a seguinte
 frase: Escritora, historiadora, advogada, poeta e militante política. Logo
acima tem a palavra centenário. A palavra centenário está curvada.
Já no rodapé se encontra a imagem da OAB Bahia.

Por Tereza Figueiredo

Ana Lima Carmo nasceu no Ceará, em 13 de abril de 1915 e, posteriormente, mudou-se para a Bahia, onde recebeu o título de cidadã. Formada em Direito e Letras, Ana Lima Carmo adotou o nome de Ana Montenegro, através do qual ficou conhecida pela sua luta em defesa dos Direitos Humanos.
Ana fundou a União Democrática de Mulheres da Bahia e participou da fundação da Federação Brasileira de Mulheres e do Comitê Feminino Pró-Democracia, sendo uma ativista dos Direitos Humanos até o seu falecimento, em 2006.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A virgem na jaula: um apelo à razão

Descrição para cegos: Mão esquerda com unhas
pintadas de vermelho segurando o livro A virgem na jaula.

Por Tereza Figueiredo


Ao ser convidada por uma professora para ler “A virgem na jaula: um apelo à razão”, de Ayaan Hirsi Ali, imaginei que me depararia com algum enredo relacionado ao tabu da sexualidade feminina.
A história, contada em pouco mais de 200 páginas, retrata a vida da própria autora. No entanto, é bem mais densa que isso: através de um verdadeiro desabafo, o leitor é exposto ao mundo islâmico e todas as suas fragilidades, especialmente no que concerne o tratamento dispensado à mulher.
Ayaan Hirsi Ali faz um apelo ao mundo ocidental para este resgate às mulheres oprimidas pelo islã, sob o argumento de que nenhum aspecto cultural deve servir de mecanismo para a degradação e sofrimento humanos. Os relatos de sua infância, da mutilação genital a que foi submetida, e de sua fuga para a Holanda, onde buscou refúgio e reconstruiu sua vida e carreira, são intercalados com as histórias de outras mulheres que cruzaram sua trajetória rumo ao ocidente.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Violência obstétrica em pauta

Descrição para cegos: Seis mãos envolvendo uma barriga gestante com efeito de preto e branco na foto.
Por Enezita Guilherme

Um assunto bastante comentado nos dias atuais, a violência cometida contra a mulher no momento em que se encontra mais fragilizada, vem ganhando espaço para debate e conscientização na imprensa paraibana.
A violência obstétrica, aquela que ocorre no período do pré-natal, do parto ou do aborto, ocorre com mais freqüência do que imaginamos. Isso porque nem sempre é entendida como tal e, consequentemente, passa despercebida.
Um projeto de lei de autoria do vereador Lucas de Brito, tramitando na Câmara Municipal de João Pessoa, pretende garantir o acesso da mulher a informações importantes acerca da Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal. Esperamos que não fique apenas no papel. 

sábado, 21 de março de 2015

O machismo na juventude brasileira

Descrição para cegos: Figura cartunizada em preto de um homem e uma mulher
sendo que a mulher está com um saco na cabeça e ao mesmo tempo segura uma
placa que tem escrito: mulheres obedecem! Já a figura do homem tem uma
placa escrita homens mandam!

Pesquisa demostra alto índice de machismo na população jovem de todo o país, na faixa etária de 16 a 24 anos. Os números revelam machismo em homens e mulheres e a população feminina é que apresenta o maior percentual, se comparado ao percentual dos homens entrevistados. Veja aqui quais as categorias de machismo demostradas e as recomendações do Conselho Nacional de Justiça para mulheres que sofreram ou sofrem algum tipo de violência. (Maryellen Bãdãrãu)

sábado, 14 de março de 2015

Movimento feminista na atualidade

Descrição para cegos: imagem mostra mulheres de mãos dadas andando por uma ampla avenida com outras pessoas atrás delas segurando cartazes que defendem a greve contra a censura.
Alunos do curso de Jornalismo da UFPR produziram um documentário com o objetivo de propor uma discussão pluralizada sobre a luta do movimento feminista. O trabalho apresenta a trajetória histórica deste movimento no mundo, afunilando para o Brasil. A produção traz opiniões de entrevistados sobre o movimento, analisa a forma que as mulheres lutaram por seus direitos no contexto do século XIX, além de mostrar alguns conservadores que discordam da militância.(Sara Gomes)

Para assistir ao curto documentário, clique aqui
.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Marca de sopa lança campanha machista

Descrição para cegos: tirinha da marca de sopas Vono que traz o diálogo onde uma mulher pergunta "Quem somos?", "E o que queremos?" e "E o quando queremos", enquanto três mulheres respondem, respectivamente, "Mulheres!", "Não sabemos!" e "Agora!!!".

A Vono, conhecida marca de sopas, publica em sua página oficial no Facebook uma propaganda com tom humorístico, mas extremamente ofensiva à mulher. A propaganda alega que as mulheres não sabem o que querem, nem quando querem. A campanha foi alvo de críticas por muitos usuários da rede social que se manifestaram contra a propaganda. Essa não foi a primeira publicação da marca que reduz a mulher a estereótipos fúteis e insignificantes. Clique aqui para ver a crítica da blogueira Jarid Arraes sobre a campanha. (Jade Santos)

segunda-feira, 9 de março de 2015

The A-Force: As Vingadoras da Marvel

Descrição para cegos: ilustração da História em Quadrinhos (HQ)
"A-Force" que traz várias e conhecidas
heroínas da Marvel.
Em fevereiro foi anunciada a adaptação do grupo dos Vingadores da Marvel na versão feminina, que é composta pela Capitã Marvel, Vespa, Feiticeira Escarlate, Mulher-Aranha e Mulher-Hulk e mais vinte e duas personagens. The A-Force é uma nova série mensal escrita por Willow Wilson e baseada na Secret Wars (Guerras Secretas) e está sendo desenhada por Marguerite Bennett. Cada personagem foi criada com personalidade diferentes, porém, com um traço em comum: a defesa das questões feministas. (Maryellen Bãdãrãu)


Veja a seguir uma das passagens dos quadrinhos em que a personagem chamada “Thor” (na versão feminina) derrota o vilão “Homem-absorvente” depois que ele faz um comentário pejorativo por ela ser mulher.

domingo, 8 de março de 2015

Cinco filmes que ajudam a entender o universo feminino


Descrição para cegos: montagem escrito "A mulher no cinema" e fotos de atrizes hollywoodianas clássicas como Marilyn Monroe, Joan Crawford e Rita Hayworth.
Por Sara Gomes
Recentemente, com a celebração do 87º Academy Awards – aqui chamamos apenas de “O Oscar” -, me vi pensando sobre o cinema, suas diversas categorias, além dos detalhes de cada produção cinematográfica. Talvez seja algo comum nesta época do ano. Foi pensando nisto que decidi indicar, aqui no blog Questão de Gênero, cinco filmes de minha predileção que ajudam a compreender melhor o universo feminino. Os filmes abaixo são uma demonstração de como a sétima arte representa os diversos contextos sociais nos quais a mulher está inserida. Vale a pena conferir:

quarta-feira, 4 de março de 2015

Um belo dia resolvi mudar


Descrição para cegos: imagem mostra duas mãos segurando uma máscara  de baile.
Por Jade Santos

Quando eu era criança, agia como criança; pensava como criança. Costumava sempre observar meus irmãos; não gostava do modo como se portavam, como brincavam de futebol, como corriam pelo quintal.
Minha mãe sempre questionava e discutia com meu pai sobre meu jeito de ser, por que eu não era como as outras crianças? Por que não gostava de socializar com os demais? O que ela não entendia, é que não era eu quem não os queria por perto e sim ao contrário.
Quando completei quinze anos, passei a andar com umas meninas que conhecera na escola. Íamos ao shopping fazer compras, à praia nos bronzear, entre outras coisas. Certo dia fomos a uma butique, eu e a Carla. Ao entrarmos, percebi um olhar estranho de algumas pessoas em minha direção, inclusive da própria dona do estabelecimento.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

A representação de gênero na MPB

Descrição para cegos: ilustração da figura de um
ipod e os fones de ouvido feitos a lápis.
Por Maryellen Bãdãrãu

Durante a construção milenar dos ideais femininos como afirmação dos direitos das mulheres, houve lutas e revoluções que incentivaram o desenvolvimento de trabalhos artísticos, musicais e culturais. Porém, na linha do tempo da música popular brasileira, há composições que reforçam os estereótipos e a desigualdade de gênero.

Como um modo de reafirmar não só as diferenças biológicas, mas também as sociais, a mulher é representada como traidora, que abandona o lar, que é fútil, oportunista e fonte de prazer. Grande parte desse repertório é disseminada com a ajuda das grandes mídias e tem muita aceitação da sociedade, estimulando o mercado fonográfico a continuar com a exploração.
Esse tipo de abuso incita na população atitudes discriminatórias e estereotipadas, uma vez que a indústria cultural é ligada a setores hegemônicos, que enquadram padrões e os vende como uma verdade absoluta, reproduzindo discursos conservadores no qual o corpo social já é familiarizado.

Da violência física à violência psicológica

Descrição para cegos: imagem da bandeira LGBT com machas de sangue ao fundo.

Por Jade Santos

O Grupo Gay da Bahia (GGB), uma das organizações mais importantes do Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT), relata anualmente o número de ocorrências violentas praticadas contra membros desse grupo no Brasil. O professor Roberto Efrem utiliza dados do GGB e analisa essa situação em seu artigo Corpos Brutalizados: conflitos ematerializações nas mortes de LGBT.
Ao julgar esses crimes, a justiça brasileira não os entende como homofóbicos, mas, sim como cruéis e brutais. Para a polícia, o principal motivo dos delitos não é a homofobia, mas sim a vingança. Pois, a forma como as vítimas são encontradas demonstra explicitamente um ato de ódio e crueldade.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A música brasileira e o direito à sensibilidade masculina

Descrição para cegos: imagem do cantor Gonzaguinha, durante um show.
Por Sara Gomes

Homem não chora”. Certamente você já deve ter ouvido esta expressão alguma vez na vida. Podemos dizer, a priori, que além de uma questão de gênero é uma atribuição cultural, difundida por gerações. Neste texto, refletiremos um pouco sobre como este conceito é largamente propagado na música brasileira.

Por algumas vezes, pude perceber que a reprodução deste discurso em diversos segmentos da música, fortalece na sociedade esta visão destoante entre os gêneros, em vez de combatê-la.O estigma de que o homem não pode chorar é apenas o carro-chefe dentre uma série de paradigmas impostos pelo modelo da sociedade patriarcal – o homem é o provedor da família constituinte, sinônimo de virilidade e etc.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Pesquisa mapeia contribuições femininas na imprensa paraibana

Descrição para cegos: foto de perfil de Charliton Machado.
Por Jade Santos

Intitulada A Imprensa como fonte histórica educacional, a pesquisa resgata o discurso feminino nos jornais da Paraíba publicados entre 1920 e 1930. O estudo é feito a partir de contribuições literárias, políticas e educacionais das mulheres. A pesquisa é um projeto de extensão do professor Charliton Machado, do Departamento de Metodologia da Educação da UFPB. Ouça a entrevista que fiz com o professor Charliton Machado para o programa Espaço Experimental.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Cinquenta anos de Mafalda

Descrição para cegos: ilustração da personagem Malfada.


            No segundo semestre de 2014, Mafalda completou seus 50 anos de atuação no mundo. Criada e desenhada pelo Quino, na Argentina, a personagem ficou famosa por fazer questionamentos sobre vários temas, inclusive problemas da época, que ainda são pertinentes neste século. O fato de Mafalda ser uma figura feminina trouxe à tona a discussão sobre a mulher dentro de um novo contexto histórico, econômico e cultural, fazendo crítica aos conceitos machistas e patriarcais representados nas tirinhas.(Maryellen Bãdãrãu)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Chega de Cantadas


Descrição para cegos: ilustração do Think Olga sobre feminismo.
Por Sara Gomes

Voltar do trabalho em horário de pico e ainda receber uma “encoxada” no ônibus; se privar de usar um short curto, por medo de sofrer alguma violência - da cantada banal movida pela necessidade de intimidação a consequências severas, como o abuso sexual. Não obstante, a sociedade brasileira e não apenas o imaginário masculino, banalizou que a culpa do assédio sexual sofrido seria da própria mulher.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Exposição no Campus Festival propõe reflexões sobre “Escolhas de Vida”

Descrição para cegos: pequena amostra da exposição "Campus Festival" que ocorreu em João Pessoa.
Nos dias 7, 8 e 9 de dezembro de 2014 aconteceu em João Pessoa a segunda edição do Campus Festival, que trouxe para os participantes uma exposição que contemplou artistas de todo o país. Ela teve como foco o feminismo, o cotidiano urbano e sua diversidade. Thiago Trapo, artista plástico e coordenador da exposição, relatou que a ideia partiu de um livro chamado “O medo do feminino” e baseado em seus questionamentos, pôde se inspirar e compor a apresentação. Na imagem está uma pequena amostra da exposição. (Maryellen Bãdãrãu)